As eras dos quadrinhos recebem a nomenclatura de metais nobres.
A divisão mais conhecida é Era de Ouro, Era de Prata e Era de Bronze, mas existem divisões feitas por outros estudiosos, como a Era de Platina (mais nobre que o Ouro, que se refere aos quadrinhos de 1.935 a 1.938) ou a Era de Plutônio (que trata dos quadrinhos de ficção científica dos anos 1.950).
No livro - essencial - A era de bronze dos super-heróis (veja aqui) o autor e editor Roberto Guedes mostra as características deste período, e que após seu término foi seguido pela Era Contemporânea ou, segundo, John Censullo A era do poliester, mas eu prefiro chamar o período 1.987-2.007 de a Era da Imagem.
Aqui estou sendo inédito na nomenclatura mas imito os analistas e tento salientar a preocupação dos autores e editores com qualidade de papel, de cores, de capas e outros em detrimento da qualidade de roteiro.
Isto começou no distante abril de 1.983 com a publicação da série Omega Men (data de capa), que passava por um processo de coloração diferente. A moda pegou e surgiram várias séries explorando o conceito da apresentação, ou seja, da imagem. Não demorou muito para que a apresentação fosse mais importante que o conteúdo.
Você pode falar que há excelentes quadrinhos durante este período. Eu também! Inclusive sou capaz de citar exemplos importantes, mas o grosso da produção é muito ruim.
Se o marco inicial do período é o relançamento da DC Comics (em 1.987), o fim é Guerra Civil (Marvel Comics, 2006) e Crise Final (DC Comics, 2.007).
Mas o que vem depois?
Chamarei de a Era da Madeira, não em função da nobreza dos metais, numa escala decrescente até aproximar de algo menos nobre, mas sim para aproximar do caixão, um receptáculo para algo morto.
Ele, o caixão, é feito de madeira.
A indústria está explorando a morte continuadamente e está preparando seu próprio caixão.