Há alguns anos entre Crise Infinita e Crise Final, a DC lançou uma série semanal em 52 partes chamada 52. Durante os eventos da série, o Multiverso, que foi destruído em Crise nas Infinitas Terras e que já havia voltado conceitualmente em Hypertime e em Crise Infinita, retornou definitivamente ainda que os heróis não soubessem imediatamente.
A DC desta vez decidiu não criar “infinitos universos” mas apenas 52 e desde então vem liberando aos poucos as Terras, sendo que no primeiro momento conhecemos umas vinte e acompanhando os eventos anuais várias outras. Acho que já é possível listar as 52 atuais Terras, mas eu ainda não consegui, seja por falta de tempo ou por falta de interesse. Creio que foi o cansaço gerado por Contagem Regressiva para a Crise Final e coisas como Arena.
Desde os anos 1.990 quando a Marvel criou a “Era de Apocalipse” onde um viajante do tempo mata Charles Xavier antes dele fundar os X-Men, o conceito de universo alterado em função de um viajante do tempo não é mais estranho.
Se bem que já não é mais estranho desde uma história da dupla Claremont & Byrne para os X-Men nos anos 1.980. Há até mesmo a “Marvel Knight 1602” escrita por Neil Gaiman, que começou como uma história provocada por um viajante do tempo e depois tornou-se uma versão alternativa para a origem do universo Marvel - eu devo ser a única pessoa que torce a cara para 1602.
Assim “Flashpoint” e seu já famoso reboot, que poderia acontecer após o final do evento, e que em diversos momentos lembra a “Era de Apocalipse” pode ser:
a) um reboot, ou seja, um reinício para toda a história da editora de 76 anos;
b) uma dimensão alternativa criada em função de uma viagem no tempo, como foi a “Era do Apocalipse” e depois de resolvido a história volta ao normal, ou
c) um universo alternativo, um dos 52 universos da editora, gerando assim um selo semelhante ao Universo Marvel Ultimate em caso de grande sucesso.
Para causar comoção aos fãs a DC anunciou que irá cancelar suas séries e lançar durante quatro semanas 13 novas séries por semana, totalizando 52, um número que se tornou icônico para a editora.
Junto com o anúncio veio a relação das novas equipes criativas da DC Comics com direito a Liga da Justiça de Geoff Johns & Jim Lee e Superman de Grant Morrison!
E os fãs vendo gente deste calibre sendo escalado teme que realmente seja um reboot.
Acho pouco provável que a DC resolva reiniciar suas numerações, afinal Action Comics já passa de novecentos números e ano passado Adventure Comics e Wonder Woman passaram pelo complexo sistema de recontagem de edições para terem direito a números marcantes e expressivos.
Mas não deixa de ser interessante acompanhar a todo esta comoção, especialmente por que a editora também decidiu lançar seu programa de quadrinhos digitais neste momento conturbado.
Veremos no que isso vai dar.