Superman & Batman # 50: Santa bobagem Batman!

Desde a década perdida (que durou quinze anos, tsc!) as edições 25, 50, 75, 100, 125, 150... (múltiplos de 25) são edições comemorativas, ora iniciando sagas, ora terminando, o quê é mais normal. Raros são os casos em que a edição apresenta uma história fechada. É o caso de Superman & Batman # 50, que traduz a edição equivalente americana com a história “Pai Herói” de Michael Green & Mike Johnson e arte de vários.

Green & Johnson, autores do arco “K”, responsáveis pela série “Heroes” não produzem uma história boa. Pelo contrário! Eles produzem um erro cronológico!

Vivendo um momento de revisão cronológico tão bom nas mãos de Geoff Johns em suas próprias séries, Superman agora terá que ter registrado em seus anais que Jor-El tentando testar o mundo ao qual enviaria o filho, teve um contato holográfico para coleta de dados com o médico Thomas Wayne, e por causa deste contato iniciou-se a superioridade tecnológica da WayneTech.

Totalmente desnecessária e evocando ao máximo o filme Superman (1978) de Richard Donner, a história prova a minha teoria que a série é desnecessária, especialmente se contarmos que existe uma série de premissa semelhante com mais qualidade (Trindade). Triste!

Para completar a edição temos Green Arrow & Black Canary # 13 & 14 o canto de cisne de Judd Winick depois de longos 5 anos! Um interesse romântico para Mia, em que ela revela a condição de soro-positivo e a reconfiguração de Connor Hawker como personagem. Em vez de ser apenas mais um Arqueiro Verde, ele agora tem poderes de regeneração celular e não tem mais habilidades com arco & flecha. Personagem criado por Chuck Dixon, Connor agora é um novo herói e Winick solta a bomba na mão do roteirista que irá assumir a série. Mais bobagens!

Para salvar a edição temos a arte de Jerry Ordway (All-Star Squadron, Infinity, Inc., The Power of SHAZAM!) para The Brave and the Bold # 13, reunindo Batman e o Flash (da Era de Ouro, Jay Garrick, claro que estou supondo que todo mundo sabe que houve quatro Flashes e curiosamente atualmente todos estão vivos). Sem peso cronológico nenhum, o quê diga-se de passagem cabe muito bem a uma série de team-ups, é uma aventura leve, livre e solta. Os heróis enfrentam robôs chamados samuroides criados por T. O. Morrow (a Panini insiste em F. U. Turo, que acho horrível) e reconfigurados a pedido do Pingüim para matar Bruce Wayne. Boa diversão, mas não salva o investimento!