Os
leitores do blog devem ter percebido que a quantidade de reviews
de séries mensais caiu drasticamente. Perdi a esperança em Marvel e
DC há algum tempo!
Não
reconheço os personagens e longe de um saudosismo tolo, não vi
evolução. Peter Parker não é um professor casado, com
filhos e que, nas horas vagas combate o crime; continua um
basicamente a mesma coisa de 50 anos atrás. Os heróis não evoluem.
Batman
continua sendo um solitário combatente do crime com dezenas de
auxiliares!?!
Mas
The Multiversity #01 me resgatou do mesmo jeito que haviam
feito outras revistas ao longo destes 35 anos que leio quadrinhos. A
série pode (e deve) desandar, mas gostei do conceito, afinal é uma
requentada de Crise nas Infinitas Terras: um mal supremo
obriga os heróis de diversas Terras a se unirem.
Se é
café requentado, por que The Multiversity me prendeu?
Não
sei exatamente. Talvez tenha uma grande relação com a arte de Ivan
Reis, perfeita para a série. Um Superman negro em um universo de
negros não traz nenhuma novidade. Ser o presidente dos EUA não é
um conceito inovador. Parodiar a Marvel e o Universo Marvel
Ultimate não é exatamente novo.
Reunir
todos no satélite do Monitor e enviá-los para resgatar o
último monitor também não!
Mas
de repente se percebe o Capitão Cenoura e não se para a
trama para explicar quem são aqueles personagens. O Dino Cop,
evidentemente uma versão do The Savage Dragon, a Aquawoman,
ou ainda a dupla de heróis homossexuais da Justiça 9 que
lembra Flash e Lanterna Verde. Tudo é derramado sem nenhuma
explicação além da simplista: um mal que ameaça o Multiverso
obrigou novamente heróis de diversos mundos a se unirem em prol de
uma causa comum.
Café
requentado; eu sei!
Mas
divertido.