[Trama]
Catorze
anos atrás em uma noite onde borrões vermelhos e amarelos juntam-se
ao clichê da noite tempestuosa, o garoto Barry Allen é
confrontado pelo fato de que seu pai assassinou sua mãe.
Hoje,
perito forense da polícia de Central City, Barry (Grant
Gustin) é inteligente, mas distraído e retardatário. Amigo do
detetive Joe West (Jesse L. Martin), pai de Iris
(Candice Patton), que o regatou da cena de crime anos antes e
o protege na polícia – criando um vínculo semelhante ao de
Gordon/Bruce Wayne na trilogia de filmes de Nolan.
Uma
experiência complexa cria uma série de meta-humanos na cidade,
deixando Barry em coma por nove meses, após um raio o atingir e ao
mesmo tempo derrubar um armário de produtos químicos em seu corpo.
Quando
acorda descobre que tem o dom de correr a altas velocidades, além da
possibilidade de se recuperar de ferimentos. Ao descobrir que alguém
que foi exposto à mesma experiência está controlando o clima,
decide, com o auxílio da equipe de cientistas do Laboratório
STAR, vestir um uniforme de bombeiro vermelho adaptado
para altas temperaturas e tentar capturar o criminoso. Esta equipe é
coordenada pelo Dr. Harrison Wells (Tom Cavanagh) e
conta com Caitlin Snow (Danielle Panabaker) e Cisco
Ramon (Carlos Valdes) – nos quadrinhos esta foi são
respectivamente Killer Frost e Vibe.
Obtêm
sucesso e no processo releva sua condição para o detetive West. Os
poderes, as memórias dos borrões e a existência de meta-humanos dá
a ela a certeza de que seu pai é inocente e que algo ainda não
explicado aconteceu naquela noite, catorze anos antes. West, agora
também convencido que não foi um delírio do menino para explicar o
crime, decide auxiliar na busca de pistas, contanto que Barry não
revele seus poderes à Iris.
[Opinião]
A
trama adapta a origem clássica do Flash II (o segundo
personagem da DC Comics a usar este nome, criado na Era de Prata e
adaptado dos conceitos do primeiro Flash, conhecido no Brasil como
Joel Ciclone). Ao mesmo tempo, já nota-se a mão de Geof
Johns na produção: ele adaptou conceitos apresentados na série
THE FLASH: REBIRTH, série em quadrinhos escrita por ele para
o formato da série, além do tom da série de 2.010, onde o herói
retornou à polícia para agir como investigador forense.
Com
um tom de misto de série de herói pós-adolescente para a TV e
série policial forense, THE FLASH torna-se a melhor surpresa do ano
– empatando com vantagens com PENNY DREADFULL e GAME OF
THRONES, quarta temporada, episódios 8 e 9.
A
presença de Johns permite a construção de uma mitologia pertinente
ao personagem. Há dicas claras como sobre a presença do Gorila
Grodd, o Flash Reverso/Professor Zoom (o personagem
Eddie Thawne, interpretado por Rick Cosnett aparece no
piloto) e a possibilidade de viagem no tempo – em um determinado
momento se vê um jornal de 10 anos no futuro!; além de uma
sensibilidade ímpar dos produtores em contratar o ator John
Wesley Shipp para interpretar o pai de Barry, Henry. John
Wesley Shipp, para quem não se lembra foi o ator que interpretou
FLASH/Barry na série de TV do início dos anos 1.990.
Uma
grande aposta para esta temporada, com estreia oficial para
07/10/2014 no The CW, a
série parte de uma pensada estratégia da DC Comics e The CW em
criar uma nova série baseada em um personagem de quadrinhos, mas
situada no mesmo universo ficcional da série de TV Arrow. Os
produtores, no entanto, optaram em aproximar em muito o visual e
narrativo ao contexto dos quadrinhos. Além de Barry Allen, também
apareceram primeiro na série Arrow dois personagens de suporte,
Caitlin Snow e Cisco Ramon, que agoram foram “transferidos”
Central City.
Como
método para estabelecer o universo ficcional, Arrow
(Stephen Amell)
aparece neste piloto.
[Dúvida]
Resta, por fim, lembrar que o Flash tem uma das galerias de vilões
mais memoráveis dos quadrinhos, e uma das poucas que se reconhece
como uma “Galeria de Vilões”. Terão os produtores a habilidade
de transportar isto para a série, sem usar o cansativo expediente de
“freak-of-the-week”, a famosa aberração da semana?