
Mas depois a coisa
melhora e finalmente tive interesse real na história.
E em um mundo onde
vampiros brilham ao sol e não se contem de amor para com humanos,
qualquer vampiro próximo do padrão clássico já é um alento.
A trama contada em duas
épocas é bem narrada, bem desenhada e tem coerência, ainda que uma
ou outra passagem pareça homenagem ao já citado Black Kiss – com
suas orgias vampirescas em Hollywood – ou à Gótico Americano
– na passagem em que o vampiro principal está enterrado em um
cemitério submerso. Mas a grande lembrança fica na estruturação
dos vampiros de etnias diferentes, que obviamente lembra Vampiro:
A máscara o clássico RPG, com suas dezenas de clãs com
características diferentes.

Mas a verdadeira trama
é a história de suporte da edição, com Skinner Sweet, um
outro exemplar de vampiro americano criado no Velho Oeste. Esta
história começa em 1.880 e é narrada em flashback
mostrando a transformação de um criminoso impiedoso em uma máquina
de matar perfeita e praticamente imortal. Esta trama tem texto de
Stephen King e arte de Rafael Albuquerque.
O conjunto da obra é
interessante, assim como a necessidade natural de Sweet em orientar –
nem que seja o mínimo – a neófita de sua condição, além de
tentar cooptá-la para sua guerra particular contra os vampiros
europeus. Haveria nesta necessidade algo mais do que uma atitude
professoral?
Boa aventura, já
publicada no Brasil na série Vertigo da Panini Comics
e que retornou recentemente em um encadernado em capa dura.






