Os Vingadores: Um de nossos androides desapareceu!

Inicia-se a “fase de ouro” dos Vingadores da Costa Oeste, um grupo que nunca teve muito a oferecer ao universo Marvel.

John Byrne, autor famoso por destruir os personagens para reconstruí-los como algo relevante, assume a franquia Vingadores, sendo o responsável pelo argumento e arte desta série, assim como o argumento da série principal e começa a desenhar mudanças que realmente teriam repercussão durante muitos anos.
Apesar de estar presente o conceito de que as duas equipes de Vingadores tinham um comandante central, o Capitão América, que poderia escalar os membros mais adequados a formação básica da equipe da Costa Oeste na época em que Byrne assumiu era Vespa, Henry Pym, Tigresa, Gavião Arqueiro, Harpia, Magnum, Feiticeira Escarlate e Visão. Somou-se a eles, desde o primeiro momento da passagem de Byrne, o personagem Agente Americano, um reflexo da interferência governamental na equipe.
A história dá continuidade a um plot de Roger Stern que mostrou o Visão dominando o mundo. Numa extensão daquela trama, Visão é visto como perigoso à segurança mundial, especialmente por não se saber qual a exatidão das informações que reteve após invadir os bancos de dados mundiais. Então é sequestrado graças à colaboração da Harpia, tem seus banco de dados apagados e perde sua “humanidade”.
Feiticeira Escarlate, esposa e mãe de duas crianças do sintozoide, exige que o homem que cedeu seus padrões mentais para o esposo o faça novamente, apenas para se deparar com uma negativa. Magnum, a ama – um desdobramento lógico, já que Visão se apaixonou por ela – e não aceita participar da recuperação do sintozoide.
Como complicador adicional o Professor Horton, que nos anos 1930 fez o Tocha Humana, supostamente a base do Visão, é encontrado vivo e revela ser incapaz de reconstruir adequadamente o vingador por que o projeto não é o mesmo de seu herói flamejante.
Então o Visão não é o Tocha Humana original!?! E por que os filhos de Wanda às vezes desaparecem?
A trama publicada em West Coast Avengers #42-45 tem toda a estrutura padrão das narrativas de Byrne com vários plots e o início de uma longa trama que seria o marco da passagem do escritor pelo título.
É indicada apenas para quem gosta das narrativas de John Byrne com suas profundas mudanças nos títulos que passa.

Publicada originalmente no Brasil pela Editora Abril, já foi encadernada na série Os maiores clássicos dos Vingadores da Panini Comics. Vale a pena conferir.