Estávamos bastante
decepcionados com Os Novos 52, um rebute, que não é rebute,
desnecessário.
Diante de tanta atenção
pela causa errada – a sexualidade de seus integrantes – não
acreditava que a série Terra 2 (Earth 2) mesmo com
alguém competente como James Robinson pudesse produzir um
material de qualidade.
Acho que pelo conteúdo
das duas primeiras edições eu me enganei. A série é boa e parece
o maior acerto d'Os Novos 52.
[A trama]
Cinco anos atrás
Superman, Batman e Mulher-Maravilha tombaram
para impedir a invasão de Darkseid. Ou seja, é uma versão
diferente da trama da série Liga da Justiça de Geoff
Johns & Jim Lee.
Robin (Helena
Wayne, filha de Batman) e Supergirl sobrevivem e
atravessam a barreira entre as dimensões, seguindo algo. Aqui se
chamaram Caçadora & Poderosa e terão são aventuras
narradas por Paul Levitz, George Pérez e Kevin
Maguire em uma série própria e separada. Mas Karen Starr
(a Poderosa) deseja retornar à sua dimensão de origem e financia
várias pesquisas, entre elas a do Senhor Incrível, que
consegue romper as dimensões.
Está estabelecido um micro-verso narrativo
envolvendo Terra-2 e as séries do Sr. Incrível e Os Melhores dos
Mundos (a série com aventura da dupla de heróinas), mas nada
disso importante realmente para a série de James Robinson, que é
auto contida e não precisa da leitura das séries adicionais.
Cinco anos depois da derrota de Darkseid a
Terra-2, que viu tombar seus únicos heróis, vê o nascimento de uma
“Era de Maravilhas”.
Mercúrio, o deus romano, à portas da morte cede
seu poder para o fracassado Jay Garrick, recém-separado a
namorada Joan Chambers. Junto com o poder, que transforma
Garrick no Flash, vem o aviso de que uma nova ameaça ronda a
Terra!
Além de Garrick, de uma versão de “Garota
Gavião”, Al Pratt e Joan Chambers – estes dois
últimos ainda sem poderes – temos a chegada do Sr. Incrível e, ao
final da edição dois, um acidente de trem que certamente irá
permitir que Allan Scott, um empresário das telecomunicações
e homossexual, encontre a rocha que irá transformar em uma bateria
energética – ou talvez já encontre uma bateria em ponto de uso.
A estrutura narrativa, que se preocupa em contar
uma história de verdade, faz com que a série mereça a atenção e
seja um produto diferenciado para Os Novos 52.