Este arco transcorre em Legion of Super-Heroes v4 #122 (dez/99; 1999:24); Legionnaries #79 (jan/2000; 2000:01); LSH v4 #123 (jan/99; 2000:02) e termina em Legionnaries #80 (fev/2000; 2000:03) e já tem a equipe de produção “clássica” deste período de histórias da Legião dos Super-Heróis, ou seja Dan Abnett & Andy Lanning nos roteiros; Olivier Coipel no lápis e Andy Lanning novamente, só que na arte-final.
Coipel neste primeiro momento tem um traço que lembra em muitos momentos o mangá. Curiosamente, já que era uma tendência do mercado, ele se afasta desta influência e usará um traço fino e detalhista.
Contextualizando um pouco a coisa: a editora americana DC Comics tentou ousar no início do milênio (não do milênio, na verdade, mas isso é outra história; ou seja na passagem de 1.999 para 2.000) e rompeu com alguns conceitos estabelecidos.
Nada muito ousado fiel leitor, mas Metropolis foi atacado com um vírus Brainiac e evoluiu tecnologicamente mil anos e Lex Luthor foi eleito presidente dos EUA. Em Gotham City a situação era pior. Depois de um terremoto e fuga em massa, a cidade foi considerado “Terra de ninguém” e haveria uma longa história de reconquista dos territórios.
Outras modificações atingiram aos personagens da editora, algumas maiores e outras nem tanto.
A editora decidiu acolher o projeto da dupla Abnett & Lanning e dar um ponto final nas séries Legion of Super-Heroes volume 4 e Legionnaries. A primeira história da dupla foi uma apresentação curta dos vilões deste arco em Legion of Super-Heroes Secret Files & Origins de junho de 1.999.
Apesar da longa estrada iniciada em outubro de 1.994, durante o evento Zero Hora onde a editora zerou a cronologia da equipe, continuando com mês seguinte com a numeração (Legionnaries #19 e Legion of Super-Heroes #62) a DC Comics decidiu encerrar ambas as séries (Legionnaries no número #81 e Legion of Super-Heroes volume #4 no número #125) no arco seguinte.
Assim na primeira edição temos uma tensa perseguição de legionários convertidos pelos The Blight, à qual só escapa Chameleon que encontra o quarteto que foi ao espaço em Legionnaries #78 (veja aqui). A Terra está “suja” pela manifestação desta raça por aqui.
A segunda parte é a narrativa da chegada dos vilões à Terra e a preparação do, agora quinteto, para um ataque ao Stem (a base/prisão dos vilões). Dentro do Stem, Xs consegue resgatar Saturn Girl.
Com o resgate de Saturn Girl, logo temos o encontro dela e de Xs com o quinteto e a narrativa da origem dos Blight; mais uma história de um cientista que queria dominar todos os aspectos de sua vida e imortalidade e fez um “pacto” com a entropia. Após aprisionar um membro da blighthood, Brainiac 5 e Cosmic Boy armam um plano para conseguirem derrotá-los.
De posse da informação que Atrophos (o líder Blight) usa a energia da entidade DODA para corromper o mundo e pretende usar esta energia e a de M'Onel para consolidar a destruição da galáxia, Saturn Girl conseguem invadir a Stem e derrotá-lo.
Depois de três edições criando uma tensão sobre a conversão a trama se resolver muito facilmente.
Se fosse uma história de aventura na selva seria algo como jogue o vilão no rio e vamos comemorar. Os autores conseguem nos convencer da importância dos membros convertidos, das saudades, da fuga dos humanos, do aprisionamento e exploração dos heróis, em especial de M'Onel, mas diante de um vilão tão forte – como Darkseid no passado (aqui) e Ra's Al Ghul meses no futuro (aqui) – o quê realmente poderia fazer uma equipe que tem estabelecida em seu regimento a ordem de jamais matar?
Claro que, na falta de vilões apropriados, o fato de Atrophos cair na DODA pode simplesmente fazê-lo ressurgir no momento apropriado.
Veremos.