Este arco que cobre as edições #65 e #66 da série mensal JSA tem texto de Geoff Johns, lápis de Don Kramer e finais de Keith Champagne. Seu foco é o resgate de Rick Tyler da dimensão congelada de tempo a que foi enviado quando estripado por Nêmesis.
Vamos à lição de casa. Anos atrás Extemporâneo matou o Homem-Hora durante o arco Zero Hora. Tempos depois surgiu um andróide feito com tecnologia de 70 séculos à frente que foi um dos fundadores da nova versão da SJA e inclusive teve série própria. Ao encerrar suas aventuras, o andróide deu de presente a Rick a possibilidade de passar uma hora com o pai. Para tanto, resgatou o Homem-Hora original segundos antes da morte e o enviou para uma dimensão onde o tempo só passaria quando Rick estivesse lá. Teria uma hora a mais com seu pai para compensar a ausência de uma vida toda.
Estripado, Rick trocou os braceletes que permitiam o transporte com Rex, seu pai, que veio para a Terra. Lá o tempo não passa, e ele pode “esperar” que os heróis encontrem uma maneira de resgatá-lo e operá-lo.
Após um rápido enfrentamento com Solomon Grundy, que serve para estrear o novo uniforme de Sandman (agora usando um sobretudo), nosso heróis seguem com os Homem-Hora Rex Tyler e o andróide para resgatarem o rapaz.
Meia-Noite e Incrível operam o Rick e o andróide acelera o tempo de recuperação, permitindo um uso racional dos quarenta minutos no fluxo cronológico. Volta então à baila a questão que o tempo acabou e que Rex terá que retornar para ser assassinado por Extemporâneo.
Claro que Rick não aceita bem o fato e decide trocar de lugar novamente com o pai, indo do fluxo cronológico para as mãos do vilão mas... sempre existe um mas...
Rex segue o filho, disposto à resgatá-lo. Há um flashback dos eventos de Zero Hora (1994) e do assassinato de alguns membros da SJA. Pai e filho lutam pelo direito de morrerem. E então o andróide Homem-Hora decide se sacrificar substituindo Rex no fluxo do tempo, coberto por um holograma.
Do males o menor, um andróide “morre” e uma família é restaurada!
Enquanto isso como sub-plot Rip Hunter resgata Jakeem Thunder e o gênio Relâmpago (“antes que o tempo mude”). Infelizmente Relâmpago não consegue deter Per Degaton (estes eventos não são mostrados, mas relatados num rápido diálogo) e Hunter vai atrás de Esmaga-Átomo para juntos tentarem salvar a equipe. No próximo arco é claro...
Mas antes na edição #67, Geoff Johns, Dave Gibbons (Watchmen, Liberdade um Sonho Americano, Tropa dos Lanternas Verdes) e James Hodgkins narram “A autópsia”, uma aventura ligada à série Crise de Identidade. Na série, uma personagem ligada à Liga da Justiça é assassinada, o quê justifica naquele momento um endurecimento com os vilões e a descoberta de segredos não tão sujos assim envolvendo Zatanna, a Liga, a Sociedade Secreta dos Super-Vilões e Batman.
Nesta edição Meia-Noite faz a autópsia da personagem, permitindo uma informação esclarecedora à comunidade dos heróis. Mas realmente grande parte da edição é dedicada à paranóia que cerca os membros da SJA e a proteção à seus parentes.
No passado (12 de outubro de 1951), Johnny Thunder tenta convencer a Átomo (Al Pratt) a não desistir da Sociedade da Justiça da América que está sendo procurado pelo Comitê de Antividades não Americanas. A perseguição do Comitê e a fuga da equipe é fato estabelecido no universo ficcional da editora e recentemente em Universo DC: Legados #02 (agosto de 2.010, data de capa), recebeu novamente atenção. Na série, temos uma narrativa linear do surgimento e alternância dos heróis da editora e da transferência de seu “legado”.
Veja outros arcos da Sociedade da Justiça aqui.