Edição digital

A Marvel tem assumido uma posição em relação ao formato digital de suas revistas. Lançou vários números 1 para serem lidos no sítio eletrônico da empresa, emulando inclusive a passagem de páginas. Publicou algumas edições que necessitavam de pagamentos para serem lidas, mas em geral eram material antigo redisponibilizado neste formato.

Também lançou DVD's com softwares que permitiam a leitura de revistas em formato digital. O pacote vinha com o software e 500 números de Amazing Spider Man, entre outros.

No entanto, a editora fez publicidade do lançamento do anual (uma revista com mais páginas e que possivelmente traz ou uma história completa e fechada ou parte de uma trama longa) do Homem de Ferro que será a primeira revista inédita publicada em formato impresso e formato digital.

Certamente a publicidade gerada pelo filme (aqui) permite a Marvel pensar em utilizar uma estratégia assim.

Bom!

Cai por terra um dos argumentos dos detratores dos scans (revistas em formato digital, traduzidas logo que lançadas nos EUA por fãs e distribuídas ilegalmente e sem custo pela internet, veja aqui). O argumento mais forte é a questão da ilegalidade, mas havia também o adicional da questão do formato, com defesa de que ninguém iria preferir ler uma revista digital (virtual) em comparação com algo físico que pode ser levado pelos cômodos, na fila, nos ônibus, etc.

Com lançamento de dispositivos de leitura digital como iPad fica mais fácil ao leitor a aquisição de grande volume de quadrinhos virtuais, por preço mais em conta, a leitura em qualquer lugar como uma revista/livro qualquer. Se bem que no momento não se levantou ainda a questão do preço.

Irão surgir os leitores que defenderão o formato do papel com fervor xiita. A minha não tão humilde opinião diz que o formato de papel é o melhor, mas o leitor pode ganhar no volume. Comprar 600 números de Fantastic Four e baixar no meu iPad, pode ser mais barato que procurar e negociar com lojistas de sebos para ter acesso aos mesmos números. Alguns são economicamente impossíveis de serem adquiridos.

Além disso há a questão do transporte e conservação das revistas.

Imagine um quadro: vou fazer uma viagem longa, tipo 24 ou 36 horas para ir e o mesmo tempo para vir. Caso eu queira ler quadrinhos durante o percurso. É inviável juntar revistas para me abastecer. Na releitura de uma história padrão gasto de 12 a 18 minutos. Considerando 72 horas de viagem e 20 minutos por história, teria que levar 216 revistas.

Um único iPad pode diminuir as sensações, mas irá ampliar as experiências.