Novos Vingadores # 75 e Capitão América v5 # 50

Não é segredo para ninguém que lê este blog que acredito que a série Captain America v5 por Ed Brubaker, Steve Epting & vários é um melhores materiais de quadrinhos de heróis da década de 2.000.

A explicação da qualidade não se deve apenas à equipe, que já teve sua cota de acerto e erros, mas a todo o momento que a indústria de quadrinhos vive: está sendo reeditando material de dez, vinte, trinta anos atrás com roupagem atual, permitindo que quem não estava vivo para ver tome consciência de excelentes fases dos personagens.

Sim, estou dizendo que parte do conceito atual da série Captain America remeta ao final de uma famosa saga envolvendo o Império Secreto, publicada nos anos 1.970. Parte, mas não toda é claro. A semelhança da situação atual é que um criminoso está em uma posição de mando sobre os órgãos legalmente constituídos. Este homem é Norman Osborn e note que não foi sobre isto o arco do Capitão que elogiei, apenas deixou o personagem ao final de mais de cinqüenta edições numa posição semelhante.

Novos Vingadores # 75 a última antes da revoli$ão da Panini traz mais uma bela capa de Alex Ross e dois momentos mais distintos.

Traz a história “Velhos tempos” de Captain America v5 #50 (julho/2009) por Ed Brubaker, Luke Ross e Luke Ross/Rick Magyar que conta parte do processo de seleção de Buck Barnes para ser o parceiro do Capitão, uma aventura na Polônia durante a guerra e flashes dos acontecimentos posteriores que já foram suficientes abordados por aqui.

Como era uma edição comemorativa (o número 50 da quinta série do Capitão) há algumas histórias curtas que compõe a edição. A história “Sentinela da Liberdade” de Marcos Martin (Batgirl: Ano Um) é muito boa.

A Panini também aproveita páginas vagas e publica uma história curta de Captain America #600 de Roger Stern & Kalman Andrasofszky. Explico: quando a soma de todas as séries do Captain America se aproximou do número 600 a Marvel resolveu retornar para esta marca significativa e cancelou o volume 5 retornando para o primeiro volume e sua numeração com uma nova edição especial – ainda inédita por aqui. Este tipo de retorno tem sido uma constância na indústria e já aconteceu com Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Thor, Hulk, Superman, Mulher-Maravilha e até mesmo com séries de baixa numeração como Thunderbolts.

Mas ao contrário do que se acreditava que iria acontecer em Captain America #600 a editora decidiu não retornar Steve Rogers nesta edição e sim numa série auxiliar “Captain America Reborn”, interrompendo a série mensal. Entre as edições 600 (outra edição) e 603 tivemos histórias soltas enquanto o escritor se concentrava para produzir o material de “Reborn” - infelizmente bem inferior às tramas que vinha desenvolvendo na série mensal... mas afinal, uma série que tenta explicar como um morto volta à vida não foi feita realmente para ser levada à sério.

Assim a edição #601 (set/09) também publicada neste Novos Vingadores traz a história auto-contida “Sangue Vermelho, Branco e Azul” de Ed Brubaker e Gene Colan. Colan foi um artista muito popular nos anos 1.970 e responsável por Captain America, Daredevil, Tumba de Drácula, Night Force e Jemm, Son of Saturn, entre outros projetos. Nesta história no início de 1.945 Cap & Buck enfrentam um caso de vampirismo, uma homenagem nada sutil ao maior sucesso de Colan, produzido com Marv Wolfman a série Tumba de Drácula.

Apesar de não ter a qualidade dos últimas histórias escrita por Brubaker é bastante divertida especialmente em se tratando de uma edição especial.