Quando Gerry Conway com um rápido auxílio de Paul Levitz decidiu trazer de volta a Sociedade da Justiça da América em All-Star Comics #58 (jan-fev de 1.976, data de capa) ele preferiu utilizar uma fórmula que a Marvel Comics havia utilizado em Giant Size X-Men #01, onde trouxe de volta os X-Men, mas inseriu uma quantidade de personagens novos.
Assim atrairia os leitores antigos, os leitores que estavam acompanhando os encontros anuais com a Liga da Justiça, e leitores novos, atraídos pela existência de algo diferente.
Verdade seja dita, novo mesmo, só a Poderosa (Powergirl, em inglês, a Kara Zor-L da Terra-2, ou seja, uma versão da Supergirl); mas havia um bom índice de ação em tramas bem básicas.
Na trama de inauguração (edições #58 e 59), Brainwave se une a Degaton (sem o “PER”, notou? Mas é o mesmíssimo personagem com roupas diferentes) para subjugar a equipe e dominar o mundo, mas suas ilusões e desastres naturais atraem além de grande parte da Sociedade da Justiça clássica também Robin (agora embaixador na África do Sul que nesta dimensão já não tinha o apartheid em 1976), Sideral (o Star-Splashed Kid original, recém resgatado de uma viagem no tempo, veja aqui) e a novíssima Poderosa.
Com texto de Gerry Conway e arte de Ric Estrada e Wally Wood a história funciona dentro de sua simplicidade e diverte dando espaço para o Pantera que é apresentado com alguém disposto a lembrar aos jovens que eles estão sendo treinados para conseguir seu espaço. Seria o tio rabugento sempre disposto a “dar em cima” da Poderosa – que já era mulher feita quando surgiu.
A trama seguinte (edições #60 e 61), mostra Vulcan – Son of Fire, um astronauta chamado Christopher Pike que sobreviveu à exposição solar graças ao auxílio de tecnologia alienígena. Culpando seus heróis de infância, decide matá-los!
O início da história de Conway e com arte de Keith Giffen & W. Wood mostra a equipe entendiada e o início de algumas tramas paralelas como Allan Scott, presidente da Gotham Broadcasting Company preocupado com a recessão e Carter Hall encontra um sobrevivente da Lemúria congelado. Certamente pontos que seriam retomados em aventuras futuras, mas chamo atenção por ser a mesmíssima cartilha de Chris Claremont (autor iniciante que se consagrou escrevendo Uncanny X-Men entre 1.975-1.991): sempre existiam dois ou três sub-plots na série e sempre havia espaço para o desenvolvimento da personalidade dos heróis.
Ao final do arco, Dr. Meia-Noite explica que Sr. Destino, ferido na batalha contra Vulcan está prestes à morrer, criando a tensão para o número seguinte!