
7) Grandes Astros: Superman de Grant Morrison e Frank Quitely – Apesar de ter vendido bem, com tiragens superiores a 90 mil cópias nos EUA, não acho que All-Star: Superman foi completamente compreendida.
Se fosse seria leitura obrigatória!
Grant Morrison é acusado de ser hermético. Os Invisíveis, 7 Soldados e Crise Final provam a teoria. Novos X-Men, Homem-Animal e Batman a desconstrói.
Superman é a mistura disso. Hora é extremamente hermético, hora é extremamente cosmopolita.
Na história, ao contrário do que aconteceu em All-Star: Batman, Morrison não se preocupa em recontar a origem do Superman. Sim, ele o faz, mas sintético, o faz em duas páginas! Morrison prefere vôos maiores com os personagens, restaurando elementos de tantas épocas que seria impossível listar adequadamente.

Na trama, Superman ao fazer um salvamento descobre que contraiu um câncer e prepara-se para a morte meses no futuro realizando doze grandes trabalhos neste período.
Não posso deixar de citar três passagens:
I – Na trama um esquadrão de Kandor tenta mapear o câncer do herói, sem sucesso, mas isto não impede que eles interfiram na realidade e curem meninos com leucemia.

III – A mais bela de todas, que por sinal inspirou, uma tão bela quanto, homenagem no arco Sociedade da Justiça da América – O reino do amanhã. Uma menina está desiludida com a vida, tudo tem dado errado e ela se prepara para o suicídio que é impedido pelo Superman de uma maneira realmente tocante.
O traço de Frank Quitely é único, veja em edição nacionais da graphic novel Terra 2 e The Authority. Evoca em muitos momentos os estilos narrativos de Wayne Boring e Curt Swan, com quadros simples, nem muito rebuscamento; às vezes até muito mais simples do que deveria ser – tem uma seqüência na Fortaleza da Solidão com poucos itens no museu do homem de aço, se fosse uma história de Pérez teria trocentos itens com trocentas referência.
