Crise na Anti-Terra


Quando comecei a fazer uma resenha de todas as Crises da DC Comics percebi imediatamente que existem três características básicas destes eventos: 1) que eram o encontro anual entre a Liga da Justiça e Sociedade da Justiça; 2) que eventualmente tinham crise no nome e 3) enfrentavam uma ameaça que punha em risco seres de uma ou várias dimensões.

Assim, quando li a série semanal Trindade, escrita por Kurt Busiek, com lápis de Mark Bagley e finais de Art Thibert, sabia que com tantas páginas (17 por edição vezes 52 edições = 884 páginas), o autor iria passear em conceitos que já haviam sido apresentados nos quadrinhos, seja como forma de homenagem, seja como forma de estender a trama.

Busiek, faz ainda, neste primeiro terço da série uma espécie de história longa da Liga da Justiça da América – coadjuvantes constante até o momento.

Ou seja, somando tanto espaço, a Liga, os três mais importantes e vilões significativos não poderíamos deixar de dar espaço para uma “crise”.

Porém a editora estava publicando aquela que, até o momento, é sua “Crise Final” – por sinal, cronologicamente, “Trindade” é anterior à Crise Final – e seria redundante publicar outra história chamada “crise” naquele momento.

Mas é isso que a trama que permeia a história principal das edições 09 a 14 é!

Em síntese: um trio de vilões formado por Enigma, Morgana Le Fey e Despero acredita que a trindade Superman – Batman – Mulher Maravilha possui características únicas que lhe permitiram acessos a forças que lhes permitiria a realização de seus objetivos e a vitória. Então eles procuram distrair os heróis enquanto colocam símbolos místicos e etecetera e tal.

Um destas distrações é o Sindicato do Crime da Amerika que está seqüestrando pessoas de vários mundos do Multiverso para trabalharem na reconstrução de seu próprio mundo! A destruição foi vista em LJA – As regras do Sindicato, arco de oito partes que o próprio Busiek fez com a equipe de heróis.

Por sinal o vilão Enigma mostra claramente sentimentos em relação à Anti-Terra, deixando claro que pode ser uma versão do Charada daquele mundo – observação: até o momento isto não foi confirmado.

Com as personalidades misturadas e gerando um Superman soturno (habilidade do Batman) e mais violento e guerreiro (Mulher Maravilha) os vilões são facilmente derrotados, o quê gera uma revolução na Anti-Terra.

Usando um mecanismo concebido pelo Lanterna Verde John Stewart e construído por Tornado Vermelho, Ray Palmer e o novo Átomo, os heróis conseguem transportar todas as pessoas de volta, quando um irado Enigma energiza o equipamento gritando “Não! O planeta inteiro virou uma zona de guerra... vocês danificaram sua estrutura básica de modo que ele pode nunca se recuperar! E agora querem fazer mais? Vão embora! Vão embora agora!”.

Os heróis são transportados e voltam para a Nova Terra e os leitores não sabem o quê ocorreu na Anti-Terra em relação ao Sindicato do Crime (aprisionado longe do planeta) e as diversas frentes revolucionárias, assim como também não se sabe a questão da crosta terrestre destruída no ataque qwardiano em LJA – As regras do Sindicato.

Oficialmente, estes eventos publicados em Trinity # 09 a 14 nos EUA e aqui em Trindade # 03 e 04 da Panini Comics, não são uma “crise”, mas tem todos os detalhes que caracterizam este tipo de eventos.

Veja a listagem de todas as Crises da DC Comics
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