Jovem médico muda com a família para a pequena Ludlow no
Maine e encontra um simpático vizinho que lhe apresenta no fundo de
sua propriedade o “simitério dos bichos” e a extensão acima, o
cemitério dos índios mic-macs; o quê trará consequências
terríveis para a sua família!
Stephen
King é um hábil escritor. Li em três oportunidades “
O
cemitério”, todas a mesma edição de antiga editora “
Círculo
do Livro”, a primeira com 13 ou 14 anos com um empréstimo de uma
amiga que me apresentou a editora e suas características e meses
depois em agosto de 1990 eu li novamente após adquirir o livro, pois pretendia comprar toda
a obra do autor que, até aquele momento já havia lido “
Carrie”,
“
O Iluminado”, “
A hora do vampiro” (Salem’s
Lot) e “
Sombras da noite”. Confesso que não avancei
muito e nem sei bem o porquê, já que continuo a admirar a escrita
de King me é muito simpática.
No livro há
espaço para você se importar com os personagens e conhecer seus
dramas. Rachel, esposa do médico Louis Creed,
tem um trauma muito palpável para mim: ela sofre com a memórias de
uma irmã que definhou física e psicologicamente e que durante um
tempo foi responsável por esta irmã. Louis, o marido, é o
personagem básico de King, homem que entrou em conflito com o pais
da esposa e busca seu lugar ao sol, mas que tomará decisões erradas
em cascata. Eillen e Cage, as crianças remetem a
outros personagens de outros livros, também são extremamente simpático e paupáveis. Mas a habilidade de
King em embalar todos estes arquétipos e nos entregar como algo novo, interessante. E
consegue!
Não
há uma gota de cansaço na escrita. A cada vez que Louis vai na casa
de Jud Crandall, o octogenário vizinho, ficamos na
expectativa de alguma narrativa do passado que confirme nossas
suspeitas das coisas que ocorreram no antigo cemitério mic mac e
elas vem, no tempo certo.
Nesta
terceira leitura eu percebi que posso fazer uma narrativa totalmente
nova do romance. E minha releitura se sustentou sob esta perspectiva.
Uma criatura que surgiu do canibalismo dos mic mac, chamado vendigo, em talvez você conheça grafado de outra maneira,
tentou diversas vezes reencarnar e seus poderes sobrenaturais
manipulam os eventos e personagem para que seus interesses seus
alcançados. Em várias passagens é possível sentir um medo genuíno
das coisas que não compreendemos e estão nos manipulando.
Excelente.
Em
tempo: Ludlow é vizinha de Bangor e próxima de Jerusalém.