Em fevereiro “The doom of the
divided man!” (#109) traz uma trama com dois focos. Um é
centrado na aventura. John Smith, a identidade civil do
Tornado Vermelho, trabalha para Bruce Gordon, o
cientista que se transforma no Eclipso.
Durante uma experiência ocorre um
acidente e surgem três formas do vilão que a equipe se divide para
enfrentá-lo. A Liga derrota as formas com relativa facilidade. Mas
era um plano do vilão para ser levado ao Satélite, tomá-lo e
utilizá-lo para chantagear o mundo.
A segunda trama da edição é que o
Gavião Negro e a Moça-Gavião foram convocados para
retornarem à Thanagar. Katar comunica aos colegas a decisão
e tem tempo para viver uma última aventura com a equipe, além de
deixar claro que não há uma rusga real entre ele e o Arqueiro
Verde.
Abril vem com a edição de Natal de
1.973 (em função da cover date, a “data de capa”
norte-americana que mostra quando a edição é recolhida e não
quando é disponibilizada). A edição #110 é uma “100
super spectacular pages” com uma aventura de Natal e dois
reprints, modelo
que seria seguido. A aventura de Natal é “The man who
murdered Santa Claus!” onde The Key, com câncer
terminal, decide vingar-se da equipe que o derrotou e cria uma
armadilha para os heróis. Basicamente é aquele roteiro do local
cheio de armadilhas, divisão da equipe, etc, acrescentando aqui a
temática natalina. A partir desta edição o Tornado Vermelho
passa a usar o uniforme “clássico” que todos nós o conhecemos.
Há mais dois pontos interessantes
nesta história. O primeiro é a segunda participação do Vingador
Fantasma em uma aventura dos heróis, novamente usando o recurso
deus ex machina. O segundo é que Hal Jordan, molhado,
escorrega ao sair do banheiro, cai e fica desacordado. O anel,
atendendo ao chamado da LJA convoca o Lanterna Verde
substituto John Stewart e ninguém mostra preocupação maior
com o motivo da ausência de Jordan.
Na edição seguinte (#111) a DC
apresenta uma segunda edição “100 pages” que vem
novamente com uma história inédita e dois reprints. “Balance
of Power” traz a LJA (Aquaman, Batman, Homem
Elástico, Flash, Lanterna Verde e Superman) contra
a Gang da Injustiça (Chronos, Mestre dos Espelhos,
Hera Venenosa, Espantalho, Ladrão das Sombras e
Tatuado).
Libra, organizador da Gang da
Injustiça, supostamente deseja criar um equilíbrio entre o bem e o
mal; equilíbrio que a existência e as vitórias seguidas da Liga
estão rompendo e para tanto reúne vilões para confrontarem a Liga.
Por sinal a equipe de vilões tem um satélite também em órbita
geoestacionária há 22.300 milhas, mas no lado oposto da Terra.
Não há muita novidade na trama. Os
vilões atacam em duplas em vários locais e a Liga vai atrás deles
também em duplas ou solo, o velho esquema de dividir. Os heróis
vencem os vilões, mas são alvejados à traição pelo Libra, que
usa um equipamento científico para roubar metade dos poderes dos
heróis.
Por fim, Libra decide absorver metade
da energia da Via Láctea e com a fuga da LJA isto sai do controle e
ele se funde ao universo. Poderia ter rendido mais.
O formato “100 pages”
continua na edição #112 (agosto) que vem com a inédita “War
with the one-man Justice League!” e reprints.
Os heróis não recuperaram a metade
dos poderes absorvida pelo Libra na edição anterior e, com
depressão, decidem reativar Amazo para utilizá-lo para
recuperarem seus poderes. É uma história bem pseudo-ciência.
Amazo iria absorver as tais moléculas perdidas e os heróis iriam
reaver os poderes. Então a história passa a ser dividir a equipe,
acionar o equipamento, fugir de Amazo que deseja o poder para si e
derrotar o andróide.
Fica claro que o fascínio de Grant
Morrison por Batman na Liga tem origem nesta época, que ele
certamente leu, vide Libra e The Key. Aqui o homem-morcego com metade
de seu intelecto deduz o plano de Amazo e leva o Superman a dizer
“Even half a Batman is better than just about anyone eles
combined!”. Outra aventura que poderia ter rendido mais,
apesar de uma premissa esquisita, que foi usar o robô que combina os
poderes de todos os justiceiros para auxiliá-los a recuperarem seus
poderes.
A edição de setembro (#113)
conta a simples e comovente história “The creature int the
velvet cage!”, o team-up da Liga & Sociedade deste
ano – veja o review aqui. A editora continua no
formato 100 pages mas prefere cortar os excessos dos
encontros, tornando-o uma história solo. Curiosamente na edição
seguinte republica Crisis on Earth-Three! (veja o review
aqui).
E para terminar, mais o último 100
pages for only 60¢ do ano, com o reprint da crise na
Terra-Três e a aventura “The return of Anakronus” (#114,
novembro), onde um viajante do tempo sequestra Snapper Carr e
sua família para chantagear e derrotar a Liga, fazendo-os pagar para
destruição de seu equipamento e pelos anos de frustração a
bagatela de 10 milhões – que a equipe está coletando em um
programa de TV. Não funciona, é claro! Nem a ameaça nem a
história, que talvez tentasse iniciar uma reaproximação entre Carr
e a equipe. O garoto, o mascote que traiu a equipe meses antes, não
consegue soar muito diferente do sidekick Rick Jones da
Marvel Comics.
Ano estranho. Algumas histórias
poderiam funcionar bem como a com a Gang da Injustiça, afinal toda
equipe de heróis tem uma equipe rival composta por adversários, ou
talvez com o encontro com a Sociedade, mas fica-se com o sentimento
de histórias pequenas em edições grandes (todas 100 pages)
e que Len Wein não teve uma produção tão boa quanto a do
ano anterior. Uma pena.
Todos as aventuras Len Wein, Dick
Dillin e Dick Giordano.
The Satellite Years
|
Ano
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Edições
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#78-86
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#87-95
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#96-103
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#104-108
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1974
|
#109-114
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