Então no meio dos
eventos de War of the Gods e de Armageddon 2001 estava a série The
New Titans em transição, com uma dezena de personagens novos ou em
transformação e obrigada a ter uma relação com ambas as séries –
os famosos tie-ins ou os cross-overs, que são coisas
diferentes na indústria.
Marv Wolfman
até que costurou bem os retalhos desta colcha. Se ao final dos
eventos das edições #75/76 os Titãs viram a explosão de um
míssil contendo um titã e a Torre foi destruída, desejosos de
encontrar os companheiros nossos heróis rumam para a URSS onde
encontram o Ciborgue sem memória e reconstruído a arte de
tecnologia – inferior – russa. Era mais uma tentativa de tornar a
série e os personagens bélicos, outro padrão da indústria dos
quadrinhos naquele momento. A partir de então Estrela Vermelha
– um antigo Titã de origem soviética – passa a integrar a
equipe para garantir a segurança da tecnologia russa.
Donna Troy e
seu marido Terry Long, retornam à Nova Iorque,
descobrem o ataque e a Torre em escombros – por sinal, um grande
inconveniente para a cidade de Nova Iorque, pois causou incêndio na
1ª Avenida, a prefeitura teve que enviar mão de obra para trabalhar
nos restos da Torre e uma vereadora pretende fazer do ataque aos
heróis sua plataforma para reeleição. Os Titãs se encontram e
conseguimos descobrir um pouco as motivações – não exatamente
claras – do traidor. Especialmente por causa da recuperação da
voz sabemos que há algo a mais na história.
Então em um novo
ataque dos Gnus, Asa Noturna é capturado e Donna
sequestrada – ela, de um jeito muito misterioso.
Assim, nas edições
#79-80 e Annual #07 descobrimos o Lorde Caos, um
déspota tirânico de um futuro alternativo que por acaso é filho de
Donna Troy e um deus, pois herdou os poderes da mãe e enlouqueceu
graças à sua natureza de semi-deus!
Mas naquele futuro um
personagem misterioso treina e mantém várias “Turmas Titãs”
- geralmente de seis a sete membros – e decide que o melhor é
enviar suas tropas para o passado para impedir que Caos nasça. Ou
seja, matar Donna Troy. Há várias pistas – desconexas – de quem
seria o misterioso chefe das Turmas Titãs, mas a DC Comics e Wolfman
preferiram criar um desnecessário mistério.
Surge com isso, toda
uma geração de “novos” Titãs e pelo menos uma versão futura
de um membro pré existente, uma versão de Asa Noturna de um mundo
onde os Titãs nunca foram encontrados. Ou seja um Dick Graysson
ainda mais paranóico.
Só para lembrar,
Armageddon 2001 foi uma série onde em 2.001 um herói traí todos os
outros e os mata. O traidor assume a identidade de Monarca e esconde
da população quem um dia foi. Vinte anos depois, Matthew Ryder,
um cientista, retorna a 1.991 – ganhando poderes no processo –
para descobrir quem é o traidor e impedir a traição. Com isso ele
investiga futuros possíveis dos principais heróis da editora. A
série é famosa por ter deixado escapar a identidade do Monarca
antes do fim e a editora ter decidido alterar, tornando o remendo bem
pior que o soneto – e olha que este soneto já era ruim.
Mas voltando ao
presente, Donna não havia sido sequestrada nem pela nova Turma Titã,
nem pelos Gnus ou mesmo por Lorde Caos e sim convocada pelos deuses.
A edição #81 (inédita no Brasil) é desenhada por Curt
Swan e serve para reapresentar o personagem Pária e a
titã Lilith que disse ter respostas para o paradeiro de
Donna. Ele não tinha uma resposta concreta e a edição é perdida
com uma apresentação da origem de Pária e uma vinculação entre
ele e Terry, esposa de Donna.
Ao final da edição
Donna retorna e avisa sobre a urgência do evento War of the Gods
onde Pária teria uma parceria de relativa importância, e por isso
tinha que ser reapresentado aos leitores.