Mas Karen Berger é
minha editora preferida de todos os tempos, afinal editou Legião
dos Super-Heroes e Sandman, além de propiciar o ambiente
necessário para a “Invasão Britânica” e dar sangue novo
para os quadrinhos de terror, agora como “suspense sofisticado”.
Berger além de
responsável pelos primeiros trabalhos de Alan Moore, Neil
Gaiman e Grant Morrison para a DC Comics conseguiu, no
início dos anos 1.990, reunir as séries que se passavam à margem
do universo DC e criar o selo Vertigo.
Diferente de outros
editores, Berger nunca explorou suas opiniões na mídia.
Acompanhando diariamente a internet e os meios de comunicação e
divulgação da indústria de quadrinhos, não me recordo de uma nota
ou opinião sua publicada com foco sensacionalista, algo tão comum
para garantir vendas neste ramo. Reservada, conseguiu não ser um
lugar comum nas hq's e concentrar-se na produção.
Recentemente foi
anunciado que Hellblazer, a série de John Constantine,
será cancelada após 300 números e substituída por Constantine
uma série para Os Novos 52, um novo reboot que a
editora implementou em 2.011. Certamente a série já havia dado seu
melhor há muito tempo e realmente deveria ter sido interrompida há
anos. Mas junto a isto somou-se a percepção de que alguns contratos
de personagens publicados no selo – vários sob a opção de
propriedade do autor – não davam a opção da Warner ser o
primeiro estúdio a ser consultado em eventuais adaptações
cinematográficas.
Houve uma revisão de
quadros e contratos e Berger ficou insatisfeita, anunciando sua saída
em 2.013 assim que terminar de preparar seu substituto.
É assim que todos
entendem a indústria de quadrinhos agora. Apenas um lugar para sugar
inspirações para o lugar onde realmente está o dinheiro: a
indústria de licenciamento e por extensão a indústria de cinema.
Filmes são (muito)
legais, mas não passam de adaptações.
E a DC fica menor por
perder uma editora capacitada e ainda menor por rever contratos de
direitos autorais.
Uma pena.