Em julho de 1984, como parte de um conjunto de novas
séries que a editora lançou em um curto espaço de tempo
(Micronautas, Guerra nas Estrelas, Indiana Jones,
Manto & Adaga, foram outras) a Abril lançou os Eternos em
Superaventuras Marvel # 25. Na edição seguinte lançou o
número 2, na 33 o terceiro número que deu sequência até o sétimo
em SAM # 37. Retornou com a edição 8 em SAM # 40, dando seqüência
até a edição 12, que foi publicada em SAM # 44.
Na edição # 48 de junho de 1986 (dois anos depois do
início da trama), a Editora Abril publicou a 13ª edição, que
encerrou prometendo o retorno em breve com um confronto entre Ikaris
e Hulk, que nunca veio. Restam 7 tramas inéditas.
Kirby foi derrotado por textos mais condizentes com o
mercado, já que na época Superaventuras Marvel publicava The
Uncanny X-Men de Chris Claremont & Dave Cockrum,
Daredevil de Frank Miller & Klaus Jason e Tropa Alfa de
John Byrne, mais relevantes para a cronologia e necessitavam de
espaço.
Certamente o erro foi da editora, que sabia que a série
já havia terminado (em 1979, cinco anos antes do início da
tradução!) e deu espaço para a trama.
Temos que ser sinceros: se não pode culpar a Abril. A
trama era parada, e sofria do mal constante das tramas de Kirby:
diálogos ruins e plot confuso e que não progredia durante a
série. Depois das trezes edições publicadas já conhecíamos bem
os Eternos, mas nada de concreto sobre os objetivos dos Celestiais.
Note que assim como a trama dos Novos Deuses na
DC Comics, a saga dos Eternos não teve um “fim formal”
nas mãos do autor, deixando para outros autores a conclusão das
tramas.
Além da conclusão, nas tramas de Thor # 280 a 300,
com Roy Thomas, os Celestiais foram de grande importância na
fase de Tom De Falco & Ron
Frenz, bastante calcada nos conceitos de Jack Kirby. Na
edição # 424 da série The Mighty Thor (Superaventuras Marvel #
147) é possível ver o nascimento de um “deus do espaço”.