Executivos
querem dinheiro e não pensam em arte. Ao contratar um executivo
distante do mercado dos quadrinhos e mais próximo do mercado dos
negócios, a DC Comics mudou seu foco gerencial. Ela quer
fazer dinheiro. E rápido.
Ninguém
pensa em arte no âmbito dos negócios dos quadrinhos. Os editores
querem produtos que se vendam em vários formatos e de forma
contínua. Uma obra que vende 5 mil encadernados por mês ¼ de
século depois de seu lançamento é um exemplo a ser seguido e
imitado.
Não
pensem que eles não querem o evento arrasa quarteirão que só vende
250 mil cópias no lançamento, porque eles querem. Querem este
arrasa quarteirão e a série pequena, que se faz bem no mercado de
encadernados.
Eles –
os homens de negócio – querem tudo!
Certamente
muitos acreditam que ninguém deveria fazer prelúdios ou
continuações de obras importantes. Mas tudo depende da importância
que se dá ao fato ou à obra. Sabia que há uma “sequência”
para O senhor do anéis? É um romance chamado “O último anel”
que narra os eventos do lado do exército do vilão. Interessante, o
livro foi publicado em Portugal pela “Saída de Emergência” e
ainda permanece inédito no Brasil (o quê não significa nada, já
que pouco mais de um ano atrás As crônicas de gelo & fogo de
George R R Martin também estava inédita no Brasil e ninguém sabia
o que era Westeros).
Quem leu e
me comentou achou uma leitura divertida e que poderia agregar algo ao
romance original. Mas é um apêndice. Algo que sobrou. Algo que não
foi o autor que criou.
Talvez
alguns fãs não imaginassem que autores do calibre dos contratados
se interessariam. Mas como disse Chris Claremont (no programa
Almanaque do canal Globo News, exibido em 5/2/2012),
quando perguntado pela repórter sobre a origem da criatividade,
respondeu sobre a necessidade de produzir para pagar suas despesas
pessoais.
Estes
autores estão sendo contratados e aceitaram o contrato de modo que
assim pagassem suas despesas pessoais.
Mas você
leitor não precisa comprar a série!
Ignore
completamente!
Defenda
com unhas e dentes a posição de que Watchmen é uma obra única e
definitiva e que não precisa de prelúdios, derivados ou sequências.