Secret Warriors, vol 1: Nick Fury, agent of nothing

Nick Fury é a quintessência do agente secreto: um homem perdido em suas guerras e que não teve tempo de viver, sempre procurando a próxima ameaça para enfrentar.

Desaparecido desde a série Guerra Secreta, Nick perdeu seu posto como comandante da maior agência de espionagem e contra-espionagem do mundo e viu-se sendo substituído por Maria Hill, depois por Tony Stark e então após Invasão Secreta, pela fenômeno da mída, o empresário Norman Osborn.

Nick estava envelhecido, esquecido e tinha que treinar um grupo de jovens, os tais Guerreiros Secretos do título da série.

Composto por Yo-Yo Rodriguez (Estilingue), Sebastian Druid (Druida), Jerry Sledge (Muralha), JT James (Infernal) e comandado em campo por Daisy Johnson (Tremor), devo confessar que não apostaria minhas fichas aí.


No início deste arco publicado na série americana Secret Warriors #1-6 (e traduzidos por aqui em Reinado Sombrio #2-4 da Panini Comics), o velho espião supremo descobre que a S.H.I.E.L.D. agora desmantelada pelo governo americano e transmutado no MARTELO (HAMMER, no original) sob direção de Norman Osborn, sempre foi um braço da H.I.D.R.A., a organização terrorista que foi o alvo mais comum de grande parte das histórias clássicas de Fury.

Nick, que já treinava uma nova geração de espiões adolescentes com super-poderes e usava bases secretas da SHIELD, decide restabelecer o financiamento ao Comando Selvagem para reestruturarem uma linha de ataque à HIDRA, iniciando com o roubo de porta-aviões da sua ex-companhia.

Ao mesmo tempo o Barão Strucker, também reestrutura a HIDRA – que foi invadida por agentes skrull em consequência do evento Invasão Secreta – e cria um conselho de liderança formado por ele, Kraken, Madame Hidra, Colmeia (um ser cujo poder que jogar polvos para controle mental o faz lembrar em muito o Starro da DC Comics), Víbora e o ressurreto Gorgon, um exímio espadachim. Note que Víbora, sempre relacionada como a Madame Hidra, não é a líder feminina da organização.

Minha primeira leitura, rápida, fez-me encontrar mais uma série semi-mutante com jovens, poderes e tentativa de usar as narrativas próprias da Guerra Fria como pano de fundo. Confundi-me. O roteiro de Brian Michael Bendis e Jonathan Hickman, o argumento de Hickman e a arte de Stefano Caselli conseguem criar uma boa trama de espionagem cheia de preparação de cenários para arcos seguintes e boas reviravoltas, como a identidade da Madame Hidra.

Vale a pena ler, especialmente porque o arco foi publicado em apenas três edições da excelente série Reinado Sombrio.

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