
Os oito números provam que Ivan Reis é um bom artista – em geral um ótimo – e que Geoff Johns consegue escrever por etapas claras num contexto geral.
A pergunta que fica é o que mudou?
Treze personagens da DC Comics voltaram da tumba.
Antimonitor estava morto desde Crise nas Infinitas Terras (1.985/86). É poderoso, se alimenta de matéria positiva e pode começar um novo ataque à estrutura do multiverso. Não deveria ter voltado em função de um escritor sem criatividade utilizá-lo no mesmo contexto da Crise, pois ficará chato.

Maxwell Lord retorna para entornar o caldo de uma boa trama envolvendo o próprio, o Xeque-Mate, o Batman, o Superman e a Mulher-Maravilha.
Logo a Liga da Justiça da fase cômica irá no encalço do sujeito. Parece-me uma tentativa de levar a sério uma equipe que foi feita para ser uma piada.

Jade que morreu como namorada de Kyle Rayner é um retorno que eu esperava, assim como J'Onn J'Onzz. Nada de novo no front neste dois casos. Eles voltaram e dentro de quatro anos ninguém irá lembrar sequer que ele se foram.
Gavião Negro e Mulher-Gavião morreram durante a própria série e então não eram “mortes consolidadas”. De qualquer modo foi Shayera e não Kendra quem retornou.

Raymond é metade do Nuclear original e estava morto desta Crise de Identidade. Seu retorno foi “sutilmente” sugerido em um episódio de Batman: The Brave and The Bold.
Aquaman não tinha uma série de qualidade desde os cinquenta números da passagem de Peter David (1.994-98) e amargou até mesmo nas mãos de gente competente (Kurt Busiek). Será um personagem de grande importância em O dia mais claro.
Osíris é o “júnior” da Família Marvel Negra, o quê irá trazer de volta Adão e Ísis. Sempre achei o destino do menino injusto e que ele não seria algo maior do que nota de rodapé na história dos quadrinhos.


Apesar do início ruim (uma ressurreição em massa certamente não pode ser considerado um bom início) a série O dia mais claro é boa e merece ser lida pelos fãs da DC Comics.