Lendo o excelente artigo “Amadurecimento do ecossistema em software livre” de Claudio F. Filho, publicado na revista BrOffice.org #17 (aqui) gostaria de retransmitir mais uma prova de amadurecimento que é o surgimento da expressão “software privado”, que certamente se tornará corriqueira. Segue abaixo:
“No Brasil, e provavelmente em boa parte do mundo, o termo empregado para definir aqueles softwares que são pagos e que devem ser usados como são (“as is”) de “software proprietário”. Assim, vamos revisar alguns termos antes de discutir estes aqui.
No universo “proprietário”, temos nomes como “shareware” ou “trial” que são uma designação para softwares gratuitos para avaliação, “freeware” para programas gratuitos para o uso e, junto com os “sharewares”, sem possibilidades de modificação ou divulgação de qualquer informação relacionada a falhas ou problemas relacionados ao produto. Por outro lado, temos o “open source” referenciando-se ao software livre e/ou código aberto.
Para todos estes “tipos” de software temos um proprietário, que pode ser uma empresa, no caso de freeware e shareware, ou um conjunto de desenvolvedores, que são pessoas físicas, no caso do software livre.
E daí pode-se perguntar “O BrOffice é proprietário”? A resposta é Sim! São centenas de desenvolvedores ajudando a desenvolver este belíssimo software. E então se poderia contra-argumentar: “Mas ele não é livre”? E novamente a resposta é Sim! É possível usar o BrOffice para usar em casa, no trabalho ou faculdade, além de estudar seus fontes, modificá-lo e distribuí-lo, com ou sem as modificações. Assim, temos uma licença de software que não nos priva de todas estas ações, em contraposto a um software que nos priva de todos estes direitos.
Desta forma, o correto uso do termo para os programas vendidos são “software privado”, isto é, aquele que nos priva de usar para qualquer fim, estudar, distribuir ou modificar, ou seja, não é um software livre.
Ps: Obrigado ao amigo Roberto Brenlla, da Galícia/Espanha, sobre esta aula.” (Claudio F. Filho)