Enquanto se preparava para o evento Crise Infinita – algo que durou doze meses entre a preparação e o evento em si – e após, quando consolidava as mudanças inseridas, a DC Comics preferiu não tocar muito no assunto Jason Todd/Capuz Vermelho, exceção feita ao anual que “explicava” o retorno do personagem.
Todd retornou numa polêmica série semanal chamada “Contagem Regressiva”.
Polêmica de ruim!
Ruim até a última gota de nanquim!
Na trama, Todd se une a Donna Troy, Kyle Rayner e outros numa busca por Ray Palmer, o Elektron, no Multiverso. Apesar de seu temperamento forte, Jason poderia ser descrito na série, no máximo, como um anti-herói e ranzinza, criando uma ou outra situação de escolhas difíceis, mas ainda assim, um anti-herói, não um vigilante e muito menos um vilão.
Terminada Contagem Regressiva começou Crise Final que durou oito meses, onde ao final Batman “morre”.
Todd decide então tornar-se um Batman que usa armas e mata, tornando-se definitivamente um vilão.
De parceiro morto e maior símbolo de falha de Batman – trama plantada em Cavaleiro das Trevas de Frank Miller -, Jason Todd tornou-se símbolo de uma trama longa de qualidade duvidosa e dos rumos da DC Comics nos anos 2.000.
O curioso é que individualmente os arcos “Morte em Família” e “Under the Red Hood” são leituras agradáveis. Somando-as e cimentando com a pesada cronologia da DC Comics a coisa fica desagradável.
Como o filme não aborda a bobagem de ondas de choques de realidade e nem faz o expectador sentir-se confortável diante uma situação imutável – a morte de um personagem anos antes -, resumindo isto rapidamente é melhor assistir ao filme do que ler o arco no papel.
E... bons sonhos.