Liga da Justiça #89, disponível nas bancas há dez dias, traz Justice League of America volume 2 #30-34 por Dwayne McDuffie e arte de uma penca de artistas, onde se destacam Rags Morales (Hawkman volume 4, Crise de Identidade) e Eddy Barrows (Novos Titãs, A noite mais densa: Superman).
A história faz pouco sentido e não funciona sozinha. É a velha história da equipe não oficial – Divisão das Sombras – que oferece a possibilidade de uma heroína – Drª Luz - restaurar seus poderes em troca de algo. Na confusão descobre-se que Dharma, um ser do tipo cósmico, descobriu que o Devorador Cósmico iria atacar a Terra e usaria o Ladrão das Almas como precursor.
Sem poderes para deter o vilão e continuar suas atividades, Dharma envolve a Liga para fazer frente ao Devorador Cósmico.
Durante os eventos, o trio que mantinha a centralização da Liga (Batman, Superman e Mulher-Maravilha) desde que foi fundada esta nova fase, passa por alterações e afasta-se da equipe deixando a batata nas mãos de Canário Negro, que ainda tem que suportar o fato de Hal Jordan (o Lanterna Verde) e Olliver Queen (o Arqueiro Verde, marido de Canário) formarem uma outra Liga da Justiça mais pró-ativa – na série Liga da Justiça: Clamor por Justiça que irá estrear em maio e já é considerada pelo fandom como um dos piores materiais da década.
Disto tudo resta o seguinte diálogo de Dharma explicando ao Superman e Ícone o desenrolar da trama “Estou usando o poder da fenda para fundir os dois universos [ele se refere aos universos DC e Milestone]. Alterei as histórias e memórias dos habitantes de ambos, mas apenas o suficiente para eliminar as inconsistências.”
Legal os dois universos, a partir de agora, são apenas um. Frase mal estruturada, mas a intenção permanece.
Mas isto não reduz o fato que o material da série da Liga não se sustenta, é ruim e acima de tudo é inútil, pois não diverte.
Deste modo sinto saudades dos cortes da Editora Abril que certamente teria saltado sem piedade este arco e não publicaria uma série como Liga da Justiça: Clamor por Justiça, reconhecidamente inferior.