O scan!
Existe uma série de fatores que afastam o público. A primeira é que as pessoas lêem menos este tipo de literatura (os quadrinhos).
São coisas da idade, já que jornais para classe C e D estão vendendo razoavelmente.
O público alvo de quadrinhos infanto juvenis, que tem 7-19 anos está ocupado navegando na internet, estudando, paquerando, ficando, jogando vídeo-game entre outras coisas.
Sobra pouco tempo para quadrinhos.
Ainda assim, os adolescentes lêem e se dão ao trabalhar de traduzir e montar uma edição em quadrinhos usando scans.
Já tratei de scans por aqui, mas o que quero apontar é que em vez d’eu comprar a edição de Ms Marvel para descobrir se é bom, eu simplesmente posso baixar uma versão scan e ler.
Se for boa decido entre comprar ou não. Se for ruim, torna-se mais uma entre as muitas séries descartáveis.
Não se pode dizer que a motivação é a quantidade de material descartável que a DC e a Marvel fazem, mas prefiro culpar as possibilidades advindas com a internet.
Filmes e séries de TV sofrem do mesmo mal. Ainda assim ninguém sai por aí criando barreiras. Ironicamente a pirataria também auxilia na divulgação.
Para enfrentar os scans as editoras teriam que reduzir preço final, aumentar a tiragem para atingir a todos. No início da Era de Bronze Fantastic Four da Marvel tinha uma tiragem de 465 mil edições para vender 50% e era a segunda revista da editora. Imprimir dez mil cópias, como a Panini faz, significa que nunca ampliará seu público para além desse público.
E por fim jogar por terra o ridículo hiato entre a publicação nos EUA e no Brasil.
Deveria publicar simultaneamente.
Isso sim, seria uma revolução, mas acho que não vai rolar.