A revolu$ão Panini, mais uma etapa

Claro que uma mudança passa por diversas fases, algumas críticas como o processo de implementação. Infelizmente com o pacote de idéias fechado os editores apenas o apresentam ao público, sem, no entanto, dar margem para que este, o mais interessado possa realmente opinar.

Na fase atual, depois de grande número de críticas na internet, Hélcio de Carvalho, editor da Art & Comics, o estúdio nacional responsável pela tradução e edição das séries publicadas pela multinacional italiana Panini Comics, concedeu uma entrevista ao sítio Omelete (veja aqui) onde explica a posição dos editores.

Começa assim “O leitor de quadrinhos médio brasileiro tem entre 15 e 35 anos. Costuma comprar quase todas as edições mensais publicadas pela Panini, bem como algumas edições especiais. Logicamente, com revistas mais baratas, ele terá a opção de consumir mais”.

As revistas não ficaram mais baratas com a revolu$ão Panini. O quê pode em uma última instância afastar o público. O preço não ficou tão mais atrativo assim a ponto de justificar a jogada. Volto a repetir que o preço de banca teria que ficar em torno de R$ 4,00 – R$ 4,50 para atrair realmente os leitores. Uma estratégia de venda de espaço publicitário e aumento de tiragem talvez produzisse isto.

Ou ainda agregar mais uma história ao formato de 100 páginas como no almanaque Vertigo fosse a decisão mais certeira, já que daria força a títulos pouco interessantes.

Mas isso ampliaria o custo final para o leitor e o entendimento da editora é que necessita de quadrinhos mais baratos para ampliar seu público.

10 pelo entendimento! Zero pela execução!

Depois o editor explicou que os atrasos fogem ao controle da editora, como no caso de quando ofereceram Thor de Walt Simonson mas não havia arquivos digitais da obra. Alguém deveria checar isto antes do anúncio ser feito.

Explicou que as capas duras em algumas obras é parte de uma estratégia de ocupação de um segmento de mercado em livrarias e que o leitor brasileiro médio não tem acesso à Internet, tendo que utilizar lan houses para tanto, o quê poderia inviabilizar um possível investimento no formato scan.

O editor explica que a pirataria no formato scan pode inviabilizar os quadrinhos e logo não haverá o quê escanear.

E sobre comparações com a linha Premium, Hélcio respondeu que a Abril encareceu o produto final e eles o tornaram mais barato – de R$ 7,95 para R$ 6,90.

Veremos aonde isto irá nos levar!