O penúltimo item da lista dos 10 mais da década é:
9) Poder Supremo de JM Straczynski, Gary Frank e Jon Sibal – Esqueça Homem-Aranha (exceto, talvez, o primeiro arco)! Se fosse quer saber por que Straczynski é para a indústria assista aos 120 episódios de Babylon 5!
Junto com Os Sopranos, Babylon 5 é uma das melhores coisas na produzidas na TV em todos os tempos – uma das, não as, entendam.
Nos quadrinhos Straczynski tem altos e baixos. Poder Supremo, produzida para o selo Marvel Max da Marvel Comics é um ponto alto.
A série reconstrói a equipe “Esquadrão Supremo” da Marvel. Esquadrão Supremo é a segunda equipe da editora que era baseada na equipe Liga da Justiça da divina concorrente. A primeira é o grupo de vilões “Esquadrão Sinistro”. Na verdade, Roy Thomas, criador da equipe, primeiro mostrou a versão maligna dos heróis, para depois mostrar a versão boa.
Ao longo dos anos, o Esquadrão foi coadjuvante de Vingadores e Defensores e recebeu uma longa série em doze números que se assemelhava muito à Watchmen, no sentido de como seria um mundo fictício com a co-existência de super-seres: eles tomam o poder!
Gruenwald sempre quis deixar claro que se inspirou na obra de Alan Moore. Depois a equipe teve sua versão da Crise nas Infinitas Terras, chamada Death of a universe. Ora se a equipe era baseada em personagens da DC por que não um evento que deixasse ainda mais claro a situação.
Os anos se passaram e a equipe continuou a aparecer por aí. Então Straczynski foi convidado por Joe Quesada para fazer sua passagem no Homem-Aranha e nos intervalos criou uma história definitiva!
O quê realmente aconteceria se um alienígena caísse na Terra? A resposta: seria criado pelo governo, com educação para valorizar os EUA e sua cultura e, na idade certa, fazer parte das forças militares.
E esta raça alienígena? Não iria preparar o terreno, introduzindo nano-tecnologia capaz de modificar humanos para dar suporte ao alienígena que certamente irá governar o mundo e precisará de tenentes e mulheres capazes de dar a luz a seus filhos?
Sim, isto acontece e surgem vários personagens, mas a versão local do cavaleiro das trevas é um negro cuja família foi assassinada pela Ku Klux Klan e hoje é milionário e racista, concentrado apenas na sua minoria.
Apesar de excelente, a série não teve uma final legal. Depois de um excelente volume (Poder Supremo), reiniciou-se como Esquadrão Supremo e só teve sete números. Neste momento Gary Frank se afastou e Straczysnki já não entregava mais roteiros. E a Marvel passou a bola para Howard Chaykin (American Flagg).
Um conselho: corra para os sebos e procure as edições de Marvel Max (da Panini Comics) que tem histórias da série. Vai demorar décadas para você ver algo tão intenso e bem feito novamente.