Reino do Amanha Edição Especial: Magog

Peter J. Tomasi ocupa na DC Comics a mesma função que Chuck Dixon, Chuck Austen, Justin Gray e Brian Reed na indústria de quadrinhos, ou seja, “pau para toda obra”. Estes autores são capazes de escrever sobre tudo e todos, em geral, fazendo histórias superficiais.

É o caso desta edição.

E veja bem a história convence!

No Congo uma unidade da Sociedade da Justiça da América segue o deus Gog e descobre soldados envenenando rios e matando a população civil. Resolvido esta primeira parte, Magog, que foi Cabo dos Fuzileiros, recebe um sinal de rádio de sua antiga equipe militar e decide resgata-los, matando tudo e todos no caminho.

É certamente uma história politicamente incorreta e perigosa. Não cria um país fictício, mostra o quê realmente está acontecendo no Congo e o pouco respeito que as forças da ONU geram neste tipo de criminoso.

Por isso mesmo não é uma história que traz nada de novo, especialmente para quem já leu décadas de histórias de Justiceiro da Marvel Comics.

Dentro do contexto dos arcos “O reino do amanhã” e “Um mundo sob Gog”, é uma edição fundamental por que conta a origem de Magog e dá relevância ao personagem, mostrando também uma visão um pouco diferente do aspecto sempiterno de família das séries Justice Society of America de Geoff Johns.

Com texto de Tomasi, desenhos de Fernando Pasarin e finais de Mick Gray apesar de não trazer nada de novo é uma leitura chocante para os padrãos aceitos.

Em tempo:

Magog foi criado originalmente por Mark Waid & Alex Ross para a série “O reino do amanhã” como uma representação de Cable (da Marvel Comics), precursor dos heróis violentos.

Posteriormente na série “O reino”/Hipertempo surgiu no universo padrão da DC Comics, tornando-se vilão das séries do Superman.

Este novo Magog é o Cabo David Reid, bisneto de Franklin Delano Roosevelt. Recentemente nos EUA ganhou série própria (Magog) e uma divisão da SJA própria também (na série JSA All-Stars).