Oito anos depois uma nova crise surge e seus poderes retornam. Brinkley descobre que há um complô para eliminar sua identidade heroica em prol de uma pretensa paz mundial. Busca ajuda do Capitão Mantra e de Peter Pan, o primeiro em uma clínica mental após a morte da irmã Mary Mantra, o que o impede de auxiliar e o segundo gerenciando um bar gay.
Ao mesmo tempo seu filho está para nascer e uma antiga colega do jornal retorna para auxiliar na cobertura do retorno do maior herói do mundo e juntos descobrirem quem quer matá-lo – ainda que a repórter de forma clássica não saiba da vida dupla.
Bastante satírico, “Superfolks” se mostra uma daquelas obras obscuras que parecem ter influenciado grande obras. A ideia de um costureiro de uniformes para heróis já estava ali, ainda que tenha sido melhor utilizada em "Os Invencíveis". Há também ao menos um conto em prosa de Batman que explora a ideia. Mas certamente chama a atenção com os trabalhos de Alan Moore na década seguinte.
Os conflitos de superseres em “Miracleman” parecerem ter bebido algo aqui - e muito. A ideia que a morte de um superser poderia unir potências estrangeiras, que aparece em “Watchmen” também está aqui, mas não é suficientemente explorada. A ideia está lá, mas “en passant”. Mas o plot e desenvolvimento de “O quê aconteceu ao homem de aço?” tem vários elementos que parecem ter sido apresentados uma década antes no romance de Mayer.
Excelente romance, com bom andamento e que aproveitou a onda de produtos relacionamentos ao filme “Superman” (1978) para propor um protótipo de “super-heróis para adultos”, aqui bastante influenciado pelo humor.
Independente que encontrar as semelhanças ou não com trabalhos posteriores é um livro em prosa com heróis que deve ser lido e conhecido. A edição a que tive acesso é de 2010, bastante fácil de ser encontrada.
Superfolks. ISBN 978-0312339920.