Lendo
a tonelada de papel impresso e colorido e deixando de lado as duas
toneladas de papel branco impresso com tinta preta e eventualmente
assistindo aos finais de campeonatos de basquete, Flash e
algumas séries da Netflix.
Eis
que me deparo com Sense8, que merecerá uma análise
detalhada. Mas no primeiro momento o produto dos criadores de Matrix
(The Wachowskis) e Babylon 5 (J. Michael Straczynski) que
lembrou… Os Eternos, não o de Jack Kirby, mas o de
Neil Gaiman que calhou de eu estar lendo no mesmo momento. Por
que? A forma em que apresenta os super-seres, com seus flashes e
memórias compartilhadas me fez lembrar as duas primeiras edições
dos Eternos (2006).
Há
em Sense8 boas tiradas como a dos ladrões de cofres, onde um
deles interrompe um assalto para assistir a um programa na TV, e há
o casal homossexual da vez, que não parece deslocado. Há uma
sensibilidade no casal real, mas não se deixa de notar uma ironia
estranha, que parece remeter aos produtores/diretores: o casal
homossexual é formado por uma moça e um transsexual, que
aparentemente mudou de gênero de macho para fêmea. Pode ser uma
impressão errada do primeiro episódio, mas o detalhe chama a
atenção.
Resta
lembrar que Straczynski já trabalhou com super-seres em vários
oportunidades nos quadrinhos, mas temos boas lembranças do primeiro
trabalho dele: Rising Stars, já publicado no Brasil. A razão é que
o autor gosta de reciclar ideias e é bom ver as fontes.
E
por fim... que tolo o season finale de Flash. Me lembrou uns dois ou
três season finales de Smallville, especialmente depois que Jeph
Loeb passou a trabalhar na série: um evento de impacto... que será
ignorado na próxima temporada ou será resolvido com um lance
mágico.