[Trama]
Alistado
sem experiência para combater uma invasão alienígena, jovem
soldado descobre que ao morrer em no campo de batalha retorna sua
consciência com as memórias intactas para seu corpo, alguns dias
antes. É o loop infinito de morte e ressurreição, dor e
renascimento.
Após
choque inicial usa a seu favor a habilidade e desenvolve um
treinamento que permite fazer a diferença na guerra. Algum tempo
depois encontra uma jovem em posição semelhante à sua e pretendem,
trabalhando juntos encerrar a guerra.
[Opinião]
Ótimo
mangá publicado em apenas dois volumes em fins de 2014 e início de
2015, All you need is kill é muito bem desenhado e
extremamente violento. Se a primeira parte é empolgante, com um
crescendo constante focado no treinamento do soldado Keiji Kiriya
e sua caracterização, a segunda centrada na sua parceira, Rita
Vrataski não é tanto, especialmente quando passa a traçar um
motivo para os loops e como acabar com eles e junto com a
invasão. Fica extremamente técnico e pouco crível.
A
principal falha da história é sobre os vilões, os
mimetizadores. Criaturas descaracterizadas, sem moral, sem
sentimentos, sem personalidades, praticamente bidimensionais. Existem
para atacar e morrer e justificar parte da trama. Em alguns momentos
lembram os marcianos de Guerra dos Mundos assim
como a raça do pai de Moonshadow.
Em
vários momentos a equipe de arte cria painéis com Keiji e Rita
lutando contra os mimetizadores em suas armaduras e cada qual com um
enorme machado que evoca o melhor que havia em séries de sci-fi
e fantasia como Heavy Metal e (acredite!) A espada selvagem
de Conan. Noutros lembra a vasta tradição nipônica de humanos
vestidos em armaduras contra alienígenas e suas batalhas
extenuantes.
Ainda
assim é uma história de guerra e sci-fi acima da média.
All
you need is kill, 2 edições, JBC Editora, 2014 e 2015.
História de Hiroshi Sakurazaka, storyboards de Ryosuke
Takeuchi, ilustrações de Yoshitoshi Abe e arte de
Takeshi Obata e equipe.