Esta
semana estava checando um serviço de streaming de séries de
TV e filmes e observei que Star Trek: The next generation
(Jornadas nas Estrelas, a nova geração) estava disponível
entre as séries, sendo uma aquisição recente do serviço.
Disposto
a testar o serviço, mais do que realmente a assistir a um episódio
escolhi aleatoriamente o episódio Yesterday's Enterprise
(3x15) exibido originalmente em 1.990 – 24 anos atrás, portanto.
Que
acerto! Que sorte!
Apesar
de eu não gostar da facilidade com que a Tenente Tasha Yar se
apaixona, o episódio desenvolve bem a ideia de viagem no tempo e
consequências desta.
Na
trama uma brecha no espaço tempo leva a Enterprise-C para o
futuro, ou seja, o presente da série, onde já temos a Enterprise-D
comandada por Jean-Luc Piccard. O simples ato de a Enterprise
do passado atravessar o portal altera a estrutura do espaço-tempo.
Agora temos uma Enterprise-D mais bélica e uma Federação em
guerra com o Império Klingon.
A
ausência da nave no passado alterou um evento, que criou uma
realidade alternativa. Nesta a Federação está a seis meses da
derrota e nela o Tenente Worf – um klingon – não está na
tripulação da nau capitania e a Tenente Yar, morta na primeira
temporada da série, continua em seu posto.
A
beleza do episódio está no fato de que a mudança de realidade é
feita sem firulas. A Enterprise-C atravessa o portal, há um close
em Piccard e nota-se alterações visuais significativas, ainda que
nada muito gritante. Quando a situação se resolve e a realidade se
corrige também não há firulas.
Quem
me dera que nos quadrinhos fosse assim rápido e direto. Lá, por
mais que a realidade se corrija sempre há um retorno, um personagem
deslocado, uma nova série limitada, uma nova série mensal, um
revival 10 anos depois para os saudosistas, um revival 20 anos depois
para o resto dos saudosistas. Tudo é explorado até a última gota
de criatividade e além.
Se
você quiser ver uma trama rápida e saudável com o uso correto de
viagem no tempo procure por este episódio.