Sweet Tooth ou Escolha o apocalipse

Apocalipse quer dizer “revelação”, mas seu uso mais corrente é o de “fim do mundo”.

Atualmente três séries chamam atenção sobre esta tipo de trama. Y O ÚLTIMO HOMEM recém conclusa, narra a história do último homem quando uma praga extermina todos os portadores do cromossomo y (os homens).

Em dez volumes a série é um achado e há anos se fala em uma adaptação ora para o cinema, ora para a TV. No Brasil foi publicada até o fim pela Panini Comics em 10 volumes correspondentes aos 60 números norte-americanos.

THE WALKING DEAD trata sobre o apocalipse zumbi e a sobrevivência de um grupo de pessoas orientados por Rick Grimmes. A série é cheia de altos e baixos e mesmo tendo conseguido uma venda recorde no 100º número no ano passado, dá sinais evidentes de cansaço e de uso de choque de valores para manter o público.

Adaptada para a TV pelo canal AMC, mesmo de Breaking Bad e Mad Men, ambas séries premiadas, a série concluiu a terceira temporada e já tem uma quarta contratada, mas teve um final de temporada decepcionante apesar de audiência recorde.

No Brasil a série é publicada pela HQM Editora em encadernados trimestrais e agora em uma série em formato comics mensal e para bancas.

SWEET TOOTH é uma série da Vertigo escrita e desenhada por Jeff Lemire que trata sobre a sobrevivência após uma praga que fez com que as crianças nascessem com anormalidades que o fazem lembrar animais. Aparentemente a praga afetou o mundo de alguma maneira a ser devidamente explicada para frente.

O desenho de Lemire só pode ser classificado como “alternativo” e a trama se desenvolve sob o ponto de vista do personagem principal que nunca havia saído da fazenda onde vivia com o pai. Com a morte do velho, ela inicia uma jornada, transformando assim a série em um “road comics”, “um quadrinho sobre sobreviventes de uma praga”, “um quadrinho 'sério e sensível'” e um “quadrinho sobre uma jornada de autodescoberta”. Será que eu precisava de mais um?

Publicada pela Panini Comics a série deve ter colhido bons resultados, pois depois de uma edição lançado no último trimestre de 2012 já recebeu mais duas edições. A mim não impressionou e achei deveras repetitiva e tediosa, mal que assola os atuais quadrinhos.

Mas se Glenn pode morrer...

O negócio é esperar o choque de valores e descobrir o quê os autores vão fazer para impressionar os leitores e manter/aumentar as vendas. Difícil e imaginar uma série com início, meio e fim e trabalhar de forma adequada usando estes recursos.

Mas quem sabe impressiona.