Neil Gaiman em Dr Who

Exibido no sábado 11 de maio de 2013 o episódio “Nightmare in silver” (12º episódio, 7ª temporada) foi escrito por Neil Gaiman, autor conhecido pelo fandom por suas obras de fantasia como Sandman, Deuses Americanos, Coisas Frágeis, entre outros.

Gaiman ressuscita a ameaça dos Cybermen de Cyberiad, capazes de assimilar humanos e fazer upgrades constantes, tornando-se virtualmente invulneráveis – fãs de Star Trek reconhecerão o padrão Borg nos vilões.

Na trama o Doutor leva Clara e as crianças Angie e Artie para o Mundo de Hedgewick, anteriormente um grande parque de diversões intergaláctico, e agora um planeta abandonado e isolado por ordem do Imperador. Mas lá, os cybermen evoluem a partir de forma insetóides (cybermites) e dominam alguns exemplares de cybermen em exposição no parque, assim como as crianças e o cérebro do Doutor!

Surge o Cyber-Planejador que passa a duelar no xadrez com o Doutor por seus dados armazenados em seu cérebro – informações vitais dos Lordes do Tempo.

A tensão cresce ao se descobrir que há três milhões de cybermen nos porões do planeta, e que a única solução talvez seja a destruição definitiva da base, algo que já foi feito antes com a galáxia de Tiberion, onde esteve localizado o mundo natal da raça de conquistadores.

[Crítica]
O episódio consegue ser poético ao tratar o tema das responsabilidades totais: o Imperador tomou uma decisão que permitiu vencer a guerra, mas isso lhe custou a paz. Para tanto ele se isolou. O restante é a canastrice padrão de Matt Smith interpretando o Doutor e uma versão contaminada dele chamada Sr. Cleaver/Cyber-Planejador.

Divertido e assustador se pensar que o imperador isolou um planeta de alegria para si, tencionando recuperá-la e mesmo assim não a recuperou. Uma fábula sobre a solidão advinda do poder e sobre as responsabilidades de seu uso.