O arco seguinte da série Orion, que não tem uma chamada externa, compreende as edições
Orion #6-11, onde Orion assume o trono de Apokolips
e passa a enfrentar ameaças criadas por Desaad para
destruí-lo. Nestas edições não há traço de resposta para a
questão da paternidade, mas há ação suficiente para você não se
importar com isso.
Um
plot adicional mostra um milionário excêntrico assistindo ao
vídeo da luta entre Darkseid
e Orion – gravado e vendido pela Newsboy Legion – e
desejando a cópia original do vídeo. Este milionário aparentemente
mata jovens para manter-se jovem e não se sabe quais são suas reais
intenções.
Outro
plot se passa em Nova Gênese. Os cidadãos estão
sendo influenciados por uma deusa chamada Meteorra, que passa
a ideia que Orion é pior do que Darkseid, e que ele não estaria
destruindo Apokolips, mas sim armando-o. Ao final do arco, ela
captura Magtron.
O
resto mostra Orion no poder, com direito a amigas íntimas como
Mortalla (“a close... PERSONAL... friend of Lord
Darkseid. Your father.”), que passa a acessorá-lo e cede sua caixa
paterna, quando a caixa materna do novo regente deixa de
funcionar, logo após a luta contra seu pai. Sem uma definição
clara de a quem serve, Mortalla também está em coluio com Desaad,
Vovó Bondade, Mantis e Kanto para destronar
Orion.
Desaad
ora envia Kalibak armado com um cinto dos deuses ancestrais,
ora manipula Mantis para armar brocas infernais em Nova Gênese,
obrigando Orion a ir atrás dele como uma resposta ao ataque ao mundo
vizinho. Este tipo de ataque também é utilizado por Meteorra como
argumento do projeto belicioso em Apokolips.
A
grande surpresa é que Desaad mantém um laboratório de clones de
Billion-Dolar Bates (um personagem da série original de Jack
Kirby), tencionando conseguir a Equação Anti-Vida, o quê
em vida Bates havia conseguido. A certa altura, depois de destruir
vários clones, e perseguindo Desaad na Terra na cidade de Main Line,
Nebraska (palco de eventos no primeiro volume), a Equação é
utilizada para atacar Orion, que sofrendo mata Desaad e ganha a
simpatia de Bates. O clone decide lhe ceder a famosa equação,
objetivo da vida de seu pai.
Com
um bom plot, bom desenvolvimento, excelente artes e até mesmo
boas backups stories, este segundo volume de Orion consegue
ser até superior ao primeiro, por mostrar que Walt Simonson tinha um
plano armado para a série. Fica bem claro a decisão implícita de
não mostrar Orion governando e centrar na aventura, levando o
personagem a um esgotamento físico e mental, especialmente
lembrando-se que a astro força está falhando e ele está tendo
terríveis dores de cabeça.
Um
excelente momento de Walt Simonson. Um excepcional momento para os
Novos Deuses e todas as criações de Kirby.