Coerência e analfabetismo funcional

Temos um contingente de 27% de analfabetos funcionais no Brasil, segundo pesquisa da divulgada pela ONG Ação Educativa.

Afora o analfabetismo puro e simples, o INAF (Indicador de Alfabetismo Funcional) considera três níveis de alfabetização: a rudimentar, a básica e a plena. A rudimentar é a que permite ler um anúncio e operar com pequenas quantias; a básica, a que possibilita ler textos mais longos e vencer operações com as que envolvem proporções; a plena, a que contempla os níveis mais altos de análise de textos e de operações matemáticas.
(…)
Também é desanimadora a constatação de que, mesmo entre os portadores de diploma universitário, há carências na alfabetização. Trinta e oito por cento deles não alcançam o nível de alfabetização plena. Tal constatação põe por terra o argumento de que o mar de faculdades mambembes espalhado pelo país cumpriria ao menos o papel de suprir as deficiências escolares anteriores do aluno”.
(Roberto Pompeu de Toledo, VEJA edição nº 2.279, 25 de julho de 2012)

Aqui a educação e o diploma universitário é apenas um detalhe, mas nos EUA nem mesmo a desesperada Yahoo!, um outrora famoso site de buscas na internet, aceita presidentes mentirosos. Há alguns dias o CEO Scott Thompson, contratado à peso de ouro para reestruturar a empresa e reposicioná-la no mercado, foi demitido após 130 dias de contratado porque se verificou que em seu currículo havia escrito que graduou-se em ciência da computação, quando, na verdade, se formou em contabilidade.

Em terras tupiniquins seria um deslise menor do “chefe” e alguém apenas iria corrigir o currículo, se tanto.