A passagem de Gavião
Negro pela série The Brave and the Bold ainda rendeu mais
dois números e três aventuras imperdíveis, antes de começar a
série Hawkman volume 1.
Em The Brave and the Bold #43 (ago/set-1.962) tivemos The Masked Marauders of Earth, onde Gardner Fox e Joe Kubert, nos contam que a raça de águias gigantescas mascaradas que foi a razão da origem dos patrulheiros alados em Thanagar está atacando na Terra, o que serve de justificativa para os Campeões Alados retornarem de seu planeta natal.
Fica um pouco
inconsistente o fato dos thanagarianos enviarem para a Terra seu
maior herói e fundador da polícia alada, mas alguém tinha que vir
e deveria ser alguém que já teve contato com a cultura terrestre.
Mas isso não atrapalha a leitura e os leitores da época certamente
ficaram felizes com a volta dos heróis para nosso planeta.
Na edição seguinte,
#44 (out-nov/1.962), a primeira história é Earth's
Impossible Day onde os thanagarianos descobrem que o Dia da
Independência norte-americano coincide com o Dia do
Impossível de seu planeta natal, onde cada thanagariano deve
executar três coisas impossíveis. Aqui eles fazem chover para cima,
atirar raios elétricos com as mãos e ver um objeto invisível. Um
interessante curto conto de sci-fi, com os heróis apagando um
incêndio, perseguindo bandidos em fuga num carro e capturando um
ladrão que deixava obras de arte invisíveis.
E na segunda história
da edição e última desta fase em The Brave and the Bold é The
men who moved the world, onde três seres antropo zoomórficos
sobreviventes de uma civilização anterior roubam um dispositivo
para junto com um aparato de avançada tecnologia reposicionar a
Terra e repetir as condições climáticas que permitiam que sua
civilização sobrevivesse. Claro que estes objetivos colocam em
risco a atual espécie dominante no nosso planeta.
De um modo geral são
excelentes histórias de aventura num contexto policial e sci-fi.
Minhas preferidas são as aventuras mais longas, divididas em quatro
partes, que permitem criar um cenário melhor, mas nenhuma faz feio,
nem é por demasiado simples. Fox, que tinha uma cultura de leitor de
noveletas de ficção, se apropria de temas comuns a elas ou ao
fantástico, e sempre o faz com excelência e a arte de Kubert só
soma à aventura.