Estamos em 2.011 e já faz 24 anos do último reboot geral da DC Comics. Sabemos que na maioria das narrativas o evento funcionou e permitiu a criação de personagens fortes. Mas também sabemos que a editora fez uma série de pequenos reboots neste espaço de tempo. Não apenas o arco Zero Hora, que pretendia ser um reboot em 1.994, apenas sete anos e meio depois de Crise, mas uma série de contratações de autores que levavam personagens a novos caminhos.
A cada geração de autores, cada equipe “esquece” o que aconteceu com o personagem na geração anterior e decide o quê funciona ou não.
Em função de licenciamento a editora deu espaço para eventos como o Casamento do Superman e Lois Lane, relacionado com o casamento dos mesmos personagens na série de TV Lois & Clark: The new adventures of Superman. Em função de reconhecimento a DC Comics pediu aos seus autores que aproximassem novamente o conteúdo dos quadrinhos do conteúdo da série de TV Smallville, com foco na conturbada relação Kent & Luthor na adolescente na pequena cidade de Smallville.
Nos anos 1.950 quando foi criado o personagem Superboy, criou-se uma história em que Lex viveu um período em na cidade natal do adolescente de aço. Anos depois a história virou nota de rodapé, quando os autores John Byrne & Marv Wolfman criaram sua versão inspirada no filme de 1.978: Luthor era um empresário que se corrompeu.
Note a troca de energias entre séries de TV, filmes e séries animadas e os quadrinhos. Nenhum tem uma versão definitiva e minha mãe, que me introduziu nos quadrinhos quando criança, tinha uma máxima para quando eu vinha com uma complexa explicação sobre um acontecimento “papel aceita tudo, inclusive merda”.
No fim é isto: os editores tem que continuar a manter o interesse em seus personagens e serem contemporâneos facilita bastante.