Lançamentos: Universo DC #06

Em Universo DC, a série de 148 páginas da DC/Panini, temos tramas ligadas ao evento A noite mais densa e algumas tramas paralelas interessantes, outras nem tanto.

Adventure Comics #05 traz a segunda parte de Preparação Primordial por
Geoff Johns & Sterling Gates, Jerry Ordway e Bob Wiacek & J. Ordway. Na época da publicação da aventura nos EUA eu toquei no assunto – veja aqui. Johns deu muita importância ao Superboy Primordial, tornando-o vilão de Crise Infinita, A guerra da Tropa Sinestro e Legião de 3 Mundos. Já os leitores não acreditam que a versão teen irada do Superman tenha este valor todo.

Talvez para deixar claro que foram as muitas mudanças editoriais de Dan Diddio em Crise Infinita que tornaram o personagem impopular, Johns o faz atacar a sede da DC Comics na Terra Primordial, enquanto está sendo atacada por vários Lanternas Negros.

Dentro do contexto de A noite mais densa é divertido. Afinal ver Diddio fugir é muito legal.

A Legião dos Super-Heróis tem três aventuras de apoio (backups no original) publicadas em Adventure Comics volume 3 #2, 3 e 4. Na época, para justificar um aumento de preço a DC fez com que várias séries tivessem histórias de apoio – chamada “Second Feature”.

Na primeira, Relâmpago vai a prisão para atender a um pedido de seu irmão criminoso, o Lorde Relâmpago: encontrar seu irmão gêmeo perdido. Ajuda no interesse da história saber que em Winath todos nascimentos são de gêmeos, e que o perfil criminoso de Lorde Relâmpago iniciou ainda na infância por ter sido um filho único.

A segunda história mostra Solar & Polar em Tharr, mundo natal do segundo, enfrentando o Rei Criogênico que revela que a Legião dos Super-Vilões tem uma equipe de espionagem no século XXI.

A terceira história da Legião dos Super-Heróis dá foco ao drama da Feiticeira Branca, agora Feiticeira Negra, e Bloko. É o drama dos amores não consumados que une Vesper & Pulsar – este, uma porção de energia numa armadura – e Feiticeira & Bloko – este um gigantesco ser de pedra. Ambos os casais, são, por vários motivos incapazes de consumar fisicamente seu amor. Tocante e importante para aventuras futuras, já que a trama da magia irá retornar em breve.

Texto de Geoff Johns & Michael Shoemaker e arte de Clayton Henry.

Enquanto Batman está “morto”, Superman/Batman #67 mostra a segunda parte da história ligada ao evento A noite mais densa que une Morcego Humano, Bizarro, Solomon Grundy, Frankestein e Noiva com roteiro e arte de Scott Kolins.

Há uma rápida citação à série do Solomon Grundy, parte do evento Faces do Mal, que a Panini não publicou.

Mulher Maravilha vem em dose tripla. Primeiro com Wonder Woman #39 de Gail Simone, Aaron Lopresti e Matt Ryan concluindo o arco Pacificadora. Parece uma tentativa desesperada de Simone em estabelecer a série como “espada & magia”, sem empolgar muito o leitor. Apenas para quem já está acompanhando a fase e está gostando.

Depois temos duas partes de Blackest Night: Wonder Woman, os números 1 e 2, com roteiros de Greg Rucka, lápis de Nicola Scott (#1) e Scott & Eduardo Pansica (#2) e finais de vários.

Em nenhum momento a série da princesa amazona vinculada ao evento A noite mais densa decola. No primeiro número enfrenta Maxwell Lord, renascido como Lanterna Verde num cemitério de soldados em Washington e na segunda parte a própria Mulher Maravilha usando um anel de Lanterna Negro, em função de ter sido ressuscitada, enfrenta Mera, alguns pesadelos e recebe um anel púrpura.

Chata até a última gota de nanquim, fica claro pelo tom dos acontecimentos que deveriam ter ocorrido na série mensal da personagem, não numa série paralela. Por quê? Por que não há uma trama única para a série da amazona e sim momentos entrecortados de A noite mais densa.

Possivelmente houve muita interferência editorial, já que Rucka foi o melhor escritor da série Wonder Woman e certamente o excesso de trabalho facilitou sua decisão de abandonar as majors e dedicar-se à sua série Queen & Country – resta saber se irá cumprir ou se é apenas uma desculpa para não renovar com a DC Comics.

Atualmente o melhor personagem feminino que Rucka produz para a DC é Batwoman, que pode ser vista em A sombra do Batman.

No balanço final Universo DC #06 se salva em função das histórias curtas da LSH, mas ainda assim não vale os R$ 14,90 da capa.

Uma pena.

Mês que vem a conclusão de Wonder Woman e o início de Blackest Night: JSA, além de uma aventura solo de Desafiador que deve ser a edição especial de Phantom Strange ligada ao evento.
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