Não é o tamanho da edição, o mix ou o preço que me preocupa na atual estratégia da Panini, mas sua distribuição.
As revistas não estão chegando onde as pessoas compram!
As pessoas não sabem da existência das séries!
Lanterna Verde, Superman e A noite mais densa tornaram-se artigos raros. E não é apenas uma questão de assinar o pacote DC Total – ou seja lá qual for o nome atualmente. O setor de assinaturas tem algumas deficiências: a) o contato não é uma ligação “0800” e sim uma ligação paga; b) constantemente há atrasos de edições; c) constantemente há pane na central de atendimento de assinaturas; além de um problema em específico que prefiro não comentar.
Nos anos 1.960 quando foi lançada a revista semanal de notícias VEJA, o dirigente do grupo Abril amargou um grande prejuízo. A assinatura foi uma maneira de garantir algum retorno. Os donos de bancas passaram a esconder a revista sob outras com medo das consequências daquele método, e somente após um acordo verbal de que aquela seria a única revista para assinatura por um período de tempo de dez anos e que, os donos de bancas permitiram a exposição da revista.
Ironicamente VEJA, quatro décadas depois, ainda vende pouco mais de 100 mil cópias em bancas e mais de 1 milhão por assinatura.
Caso os Civita não tivessem apostado neste formato a revista não existiria mais.
A Panini precisa repensar seu modelo de assinatura, publicidade e distribuição.