Séries de alienígenas são antigas e certamente remontam desde Guerra dos Mundos e dos romances fantásticos de Edgar Rice Burroughs.
V, série da ABC, que apresenta uma nova versão para uma série da década de 1.980, não traz uma gota de originalidade, ainda que para quem não tenha assistido a série original esteja tudo bem.
V (de visitantes) começa quando 29 naves alienígenas chegam à Terra em uma cena similar ao filme Independence Day. Em vez de fachos de energia a nave mostra uma alienígena sexualmente atraente chamada Anna (interpretada por uma atriz nascida no Brasil, mas que vive nos EUA desde os dez anos).
Anna diz que sua raça deseja paz e dividir conhecimentos com a Terra, se reabastecer com minérios e ir embora.
Ganha de imediato a simpatia da população, especialmente atraída pela aparente beleza de todos os visitantes.
Mas... sempre existe um mas... há mais coisas por trás da chegada.
A mitologia da série cria um grupo de resistência que reúne pessoas que afirmam que os visitantes sempre estiveram por aqui e a exibição pública é a última fase de um plano de domínio mundial!
Loucura?
Talvez não. Há indícios que terroristas com excepcionais documentos falsificados sejam visitantes e que eles estão infiltrados em muitas organizações. O parceiro da personagem principal é agente do FBI há sete anos e se descobre que é um visitante!
Fica a ponta aberta para a dúvida. Seria ele um agente desde o início ou apenas um visitante que substituiu um humano?
A próxima surpresa acontece durante uma informal do grupo de resistência. Atacados, descobrem que os visitantes usam uma máscara sob a pele, pois tem aspecto repugnante de répteis.
Assim como na série original, que tinha Robert Englund (o Freddy Krueger do cinema) como um visitante sensibilizado com a causa humana aqui temos o equivalente em visitantes dissidentes que estão há anos disfarçados.
Isso também dá espaço, como na série original para o possível nascimento de hídridos, mas estamos apenas no começo.
V é a aposta da ABC para substituir Lost depois que a série Flash Foward não se mostrou tão viável – inicialmente um sucesso, teve quedas acentuadas de audiência até se interrompida para ser repaginada.
V é boa, mas melhor ainda para quem não tem 35 e se lembra da série original. Diferente de Battlestar Galáctica que criou uma série muito diferente, esta parece apenas a mesma série com uso de tecnologia de ponta.
Merece a atenção. Especialmente de quem não tem 35 e já viu este filme (ou esta série, se preferir).