Minha preocupação com os 51 últimos capítulos de Lost – três temporadas de 17 – sempre foi apenas uma: ter que assistir aos 51 episódios para tudo fazer sentido.
Sistematicamente os excessos foram tirados da trama (não todos, claro) e as temporadas 4, 5 e a atual 6 estão bastante enxutas.
Ainda assim surge um episódio como este: os personagens andam, conversam, mudam de idéia, há indícios de mudanças e restauração de status quo, há indícios que a realidade alternativa é só um embuste, há novas pistas e há, e há, e há.
Há muita coisa e o episódio não funciona sozinho. Ele é parte de um grande projeto de 51 episódios e consegue nem ser bom, nem ruim. Fica-se na sempiterna expectativa de que no próximo episódio as coisas farão sentido.
Por favor, distante de mim querer “todas as respostas”. Os criadores não as têm. Houve brincadeiras que entraram para a mitologia da série. A mais famosa é a com os tubarões com o logo da Dharma, uma brincadeira da equipe que aparece uns 6 ou 10 segundos num episódio qualquer, mas que para os nerds se torna um valioso instrumento para provar a manipulação genética da empresa.
No final podemos citar a famosa série inglesa “O prisioneiro” onde a expectativa do público diante do mistério resultou em decepção pois não era o quê se esperava.
Será assim com Lost?