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Há pouco para se fazer na véspera da conclusão da série e com um escritor normal seria apenas brigas intermináveis.
Parte da edição é assim.
O planeta Terra está dominado pela Equação Anti-Vida. Existem focos de sobreviventes em vários lugares, mas as referências da série são o satélite geo-estacionário (adoro esta expressão) da Liga da Justiça, o apartamento da esposa de Barry Allen e a fortaleza do Xeque-Mate. Vários eventos ocorrem nestes lugares.
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Com tantas referências visuais, seja nos híbridos, seja no formato dos escombros, seja na mitificação da obra de Jack Kirby, em alguns momentos fica claro que está surgindo a “Terra-K” ou a “Terra-86” pré Crise (era 86 por que um acidente nuclear iria acontecer no futuro ano de 1.986 e a partir daí mudaria o aspecto da Terra). No Universo DC pós 52 as Terras de referência para Kamandi são a Terra-17 e Terra-51, ambas com pouca variação.
Para mim não há problema, exceto que isto já tinha sido exaustivamente tratado em “Contagem Regressiva para a Crise Final”. Como a série “Contagem Regressiva” é considerada um dos piores materiais da década, Morrison acerta em estender os eventos e refazer parte.
Mas o foco da edição é o rápido conflito entre Batman e Darkseid.
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O novo deus do mal está encarnado no corpo do Detetive Turpin. O homem morcego vindo de sua própria trama ligada à Crise Final entra cambaleando e ameaça Darkseid com a bala que matou Orion.
Quebrando seu juramento de não utilizar armas, Batman alveja o senhor de Apokolips que envia os raios ômega para destruir o homem morcego.
Há todo um simbolismo desnecessário na cena.
Ciente que rompeu com seu juramento Batman se entrega aos raios ômega e aceita seu destino final.
Bobagem!
Em edições de Superman/Batman o cavaleiro das trevas tinha se desviado dos raios.
Para criar uma expectativa no leitor, os raios, que normalmente destroem o corpo reduzindo-o às cinzas, agora tem um efeito diverso: ressecam o corpo de Batman, permitindo que o Superman o mostre à comunidade dos super-heróis.
Isso é um aviso: Um herói de primeiro escalão tombou! Darkseid tem que morrer!
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Conclui na próxima edição. Um aviso: não é essencial para a compreensão, não ajuda em nada, mas diverte muito, por isso comprem “Superman ao Infinito” a sexta edição de Crise Final Especial, que deve chegar nas bancas na semana anterior à Crise Final #07. Vale a pena, é escrita por Grant Morrison, o autor de “Crise Final” e também da melhor série do Superman da década “Grandes Astros: Superman”.
Detetive Turpin é uma criação de Jack Kirby na série “New Gods” durante a “Saga do Quarto Mundo”. Em 1.987, John Byrne se apropriou dele e o utilizou como personagem coadjuvante da Capitã Sawyer. Sem perceber que a Capitã era lésbica, Turpin a pediu em casamento, o quê foi negado, mas nunca comprometeu a eficiência de seu trabalho. Esteve presente em várias séries que davam atenção à Unidade de Crimes Especiais de Metropolis. Na série animada do Superman, criada por Bruce Timm, Turpin tinha visualmente o aspecto de Jack Kirby e tomba num mano a mano com Darkseid!
Em Crise Final seu corpo serviu de receptáculo para o regente de Apokolips, mas a trama sugere rejeição.