A chegada de Atlas

Não consigo levar este arco à sério.

Monstro misterioso ataca Metropolis e a Unidade de Crimes Especiais defende a cidade em seqüência que lembra em muito a apresentação de personagens coadjuvantes que o mesmo autor fez em WildCATS.

Em seguida surge um sujeito nervoso e super-forte, Atlas, que começa a atacar o Superman e o espancará por quatro edições.

Junto ele baterá em Supergirl e no Supercão, sendo este último o responsável pela derrota do vilão!

Com texto de James Robison (autor do expecionalmente ótimo Starman), lápis de Renato Guedes e finais de Wilson Magalhães este é um prelúdio para trama do arco Novo Krypton, já que é aqui que Jimmy Olsen vê alguém no céu se portando de forma misteriosa e descobrimos que há um militar que está interessado em derrotar o Superman, sendo Atlas uma destas armas.

Publicado em Superman #677-680, logo após a saída de Kurt Busiek que foi fazer Trindade, o arco dá uma repaginada no personagem clássico Atlas criado por Jack Kirby – algumas artes inclusive emulam as artes de Kirby ou copiam a arte original, eu ainda não comparei.

Na trama, Lana Lang, que esteve dirigindo a LexCorp é demitida por auxiliar o Superman, o quê merece um comentário longo.

Lana Lang sempre foi apaixonada por Superman desde a versão distópica do John Byrne. Nesta versão ela é personagem fundamental, já que é torturada por agentes de Lex Luthor para revelar a identidade do Superman e controlada mentalmente pelos Caçadores Cósmicos (evento ligado à saga Milênio).

Após o casamento de Clark e Lois, parecia ter desistido do amigo. Iniciou um namoro com Pete Ross, senador, com quem se casou e teve um filho, chamado, para raiva de todos, de Clark!

Quando Ross assumiu a presidência dos EUA após o impedimento do enlouquecido Luthor, Lana se separou, disposta a conquistar Clark/Superman.

As tramas deram em nada no período de Chuck Austen e então dois anos depois ela se tornou CEO da LexCorp após os eventos da maxi-série “52” e do arco reintrodutório “Para o alto e avante”. Nestas tramas de um modo geral Luthor é inocentado de crimes, perdoado e legitimado, mas retorna à vida criminosa. Tanto que no início de “Para o alto e avante” um coadjuvante cometa isto e Luthor, apesar de inocentado é afastado da direção da sua empresa. Irritado por ter perdido tudo, responsabiliza o Superman.

Durante a fase Kurt Busiek/Geoff Johns, Lana foi CEO e conseguiu manter a empresa na primazia tecnológica, apesar de nunca ter tido histórico como administradora de nada. Além do arco onde o Superman enfrenta Arion, esteve envolvida em outro onde se repagina um personagem clássico da Legião dos Super-Heróis. Sem parentes vivos, seu filho é criado pelo pai.

Também temos a discreta partipação de Zachary Zatara, primo da Zatanna, na luta contra Atlas, mostrando que o ex-Titã ainda tem muito a aprender.

Publicado no Brasil em Superman #82-83 da Panini Comics o arco é tolo e vale a pena apenas como curiosidade pela imensa quantidade de sup-plots que inicia, mas a trama principal é risível.

Afinal é apenas uma versão diferente para “A morte do Superman”, onde um personagem misterioso espanca o homem de aço em várias páginas; detalhe, que aqui o kryptoniano não morre e mostra uma utilidade prática para Krypto.