Existem dezenas de personagens que funcionam por um tempo como coadjuvantes e como personagens de minisséries. Arqueiro Verde é um deles. Muito de seu material é bom, mas a longo prazo o título não se sustenta. A nova série “Arqueiro Verde & Canário Negro” parece-me um pesadelo sem fim e sem direção, o quê não impede que Judd Winick acorde inspirado e produza algo bom.
Apenas para ser mais chato vamos lembrar o quê aconteceu na série nestas 13 edições?
Casando-se com a Canário, Ollie é assassinado na lua-de-mal depois de um surto de comportamento assassino por que a Rainha das Amazonas queria a Canário treinando seu grupo – não me perguntem se é Hipóllita, Circe ou Vovô Bondade, por que aí eu tenho que reler “O Ataque das Amazonas” e “Contagem Regressiva para a Crise Final” fazer meia dúzia de cálculos matemáticos e responder “Não sei!” e isto é algo que eu não gostaria de fazer.
Quando finalmente descobriram que o Arqueiro não era o Arqueiro, resgataram-no e Connor, filho de Ollie e também um dos Arqueiros Verde da editora, é ferido, seqüestrado e gastam o enredo até a edição 12 para encontrá-lo, numa das tramas mais longas e absurdas dos quadrinhos. Durante a trama chega ao cúmulo dos heróis serem atacados por pessoas usando fantasias de alienígenas e o enredo deixa claro que é algo bem tosco.
Tudo seria muito bom se não fosse que estas tramas são apenas uma versão diferente das histórias que Kevin Smith escreveu quando reiniciou a série do Arqueiro oito anos atrás. De definitivo e diferente, acho que só trazer Shado e o filho Robert – agora com 17 anos – para mais próximo dos leitores.
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No Brasil a coisa fica pior por que a série Superman/Batman não se sustenta: a série título é ruim e Arqueiro Verde & Canário Negro, idem!
Pelo menos quando tinha “O Bravo e o Audaz” tínhamos um bom motivo para acompanhar a série...