Perry
Rhodan foi lançado em 1.961 e narrava em sua primeira aventura
eventos ocorridos em um fictício ano de 1.971 onde os EUA
estavam à beira de uma conflito militar com a Federação Asiática
– um termo vago, que poderia significar a união da URSS com
a China, ou qualquer uma das duas nações trabalhando em
separado.
O
pano de fundo era a Guerra Fria
e a tensão crescente entre os três países e só a compreensão
exata do risco que representava para a humanidade este conflito, se
viesse às vias de fato, é que torna a história e as ações dos
personagens perfeitamente compreensível.
Perry
Rhodan, a série, é um produto de sua época e, portanto, tenta
retratar as questões dela. Atualmente tudo que se refere à série é
superlativo. Com mais de 2.750 episódios publicados e ainda sem um
fim definido, a série já soma mais de 165 mil páginas de texto.
[Trama]
Quatro
astronautas americanos vão à Lua na nave Stardust – no fictício
1971, portanto a história real conseguiu tal feito com dois anos de
antecedência. Avariados descobrem os alienígenas Crest e Thora em
uma nave dos arcônidas, uma raça em decadência. Rhodan retorna com
o enfermo Crest para a Terra, mas se afasta dos EUA – e da URSS, e
da China – vindo para o deserto de Gobi.
Preocupado
com o possível conflito militar, Rhodan decide que a tecnologia e o
conhecimento da existência de raças alienígenas não deve
pertencer apenas aos EUA. Com a aprovação de seus colegas rompe com
a Força Aérea americana!
[Impressões]
Todo
leitor de quadrinhos conhece o conceito de produção de autores
orientado por um editor. Séries como Superman, Batman, Homem-Aranha
e X-Men que já tiveram episódios semanais e escritor por autores
diferentes que tinham que construir uma macro-história – em geral
as famosas sagas anuais.
Em
1.961, os autores K. H. Scheer e Clark Dalton já faziam isto para
resistir a um mercado dominado por autores americanos. A série se
tornou um sucesso e fez história.
A
trama se desenvolve bem, com um ritmo bom, ainda que busque alguns
clichês fáceis de ser identificados – em especial o interesse
entre Rhodan e Thora.
A
impressão que fica é de um romance grande, escrito a quatro mãos e
que a cada semana era fornecido um capítulo do todo, mas com uma
trama com início, meio e fim.
A
história diverte, mas evidentemente ecoa as obras americanas da
época e as circunstâncias geopolíticas daquele momento.
Curiosamente, mesmo após 53 anos da publicação não ofende a
inteligência.
O
curioso destaque fica para a decadência dos arcôndicas e sua
própria missão em busca do segredo da imortalidade.
Vale
(muito) a pena ser lido e conhecido.
Perry
Rhodan
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1:
Missão Stardust
1º ciclo:
A 3ª Potência, episódio 1
K. H. Scheer
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