Em 26 de setembro estreou
no Brasil a série da ABC Studios/Marvel Studios Marvel's
Agents of Shield – e que fique bem claro que é um produto
derivado da Marvel Comics e seus filmes de cinema e não
a famosa série policial The Shield. Nos EUA a estreia foi em
24/9, terça-feira.
Na trama o ressurrecto
agente Phil Coulson – para quem pensava que
ressurreição era coisa exclusiva dos quadrinhos – recruta agentes
da organização SHIELD para agirem como uma equipe que
enfrentará essencialmente o mau uso da tecnologia Chitauri (→
Os Vingadores, o filme) e terá foco nas ações da
organização Maré Alta.
São recrutados os
agentes:
Agente
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Ator
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Phil Coulson
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Clark Gregg
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Melinda May
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Ming-Na Wan
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Grant Ward
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Brett Dalton
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Skye
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Chloe Bennet
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Leo Fitz
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Iain De Caestecker
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Jemma Simmons
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Elizabeth Henstridge
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Neste episódio inicial
um jovem pai (Mike Peterson interpretado por J. August
Richards), desempregado aceita participar de um experimento
secreto, mas ao executar um salvamento torna-se o herói do momento,
atraindo atenção indesejada sobre si. Mas lentamente perde o
controle de si.
[Análise]
Criado por Joss
Whedon, Jed Whedon e Maurissa Tancharoen e dirigido
por Joss Whedon (Buffy, a caça-vampiros a série de TV e Os
Vingadores) o piloto não me convence, ainda que haja muito espaço
para se tornar uma série emblemática.
A história é fraca e
lembra um misto de séries padrão investigação de cenas de crimes,
com agentes de organização governamental e aberração da semana.
Há uma tentativa de criar um mistério sobre a morte do agente
Coulson (→ Os Vingadores, o filme) e seu retorno. Os fãs, é
claro, ficam divididos entre um MVA e um simples retorno, tão comum
nos quadrinhos. O paradisíaco Taiti tão repetido por Coulson não
deve ser realmente uma colônia de férias ou de recuperação.
Na trama há elementos
que lembram a origem de Luke Cage, mas não se trata do
personagem, mas até certo momento o espectador que conhece as
histórias em quadrinhos acha que é uma versão da origem do
personagem para o “Marvel Universe” da TV/cinema.
O principal ponto fraco é
que há uma pré história ocorrendo e nos só entramos na festa
agora. O jovem está passeando com o filho no centro da cidade. Há
uma explosão e ele vai prestar socorro, salvando uma médica que
está no local. É momentaneamente gravado e sua imagem espalha-se na
rede. A SHIELD e a Maré Alta (Rising Tide) desejam
encontrá-lo, e a organização do Agente Coulson usa o conhecimento
de uma hacker que em determinado momento consegue invadir o
computador da SHIELD de sua máquina, instalada em uma van. (Senhor!
O computador da SHIELD! Da SHIELD!)
O detalhe é que Mike
conhece a doutora responsável pela experiência e já esteve naquela
clínica. Ao tentar salvá-la está, na verdade, salvando um
conhecido. Certo? Então por que se preocupou em ajeitar o capuz
quando entrou no laboratório?
Na trama os experimentos
que tiveram um dispositivo eletrônico conhecido como centopeia que
vinha instalado nos invasores Chitauri estão explodindo. E o
jovem pode ser o próximo. Não se explora o fato de que a população
tão agradecida aos heróis pode temer o surgimento de super-seres
descontralados que podem pôr em risco a sua segurança.
A tensão na parte final
do episódio, depois que se descobre que ele explodirá é ganhar
tempo para que o pessoal do laboratório descubra uma maneira de
inverter o processo.
Algumas passagens
inteiras não convencem e ao tentar um produto menos militar – o
quê é realmente a SHIELD – e mais agência de investigações –
como as séries de FBI da vida – parece que a ABC/Marvel está
tentando produzir um programa família, sem nenhuma restrição.
Infelizmente não me agradou.
E me fez falta não citar
em nenhum momento a Hidra,
que, a meu ver, deveria
estar por trás da tentativa de controle esta tecnologia que caiu na
Terra.
Mas vamos ver o que acontece na
temporada.