
Assim é Laços, a
segunda Graphic MSP, lançada em agosto de 2013 com produção
dos irmãos Vitor Cafaggi e Lu Cafaggi e edição de Sidney Gusman. Sua história
se sustenta plenamente. Não há necessidade de ter lido nenhuma
edição da cinquentenária Turma da Mônica e nem mesmo ter
assistido a nada antes. Mas se você assistiu à Goonies,
Conta Comigo ou ainda, Curtindo a vida adoidado, a
história ecoará bons momentos na memória, sem, no entanto, parecer
que é subproduto destas produções – e algumas tem uma citação
tão singela, que é praticamente imperceptível.
Laços é a história da
turma em busca do cão de Cebolinha, o Floquinho, mas
antes introduz aos leitores todas as características individuais dos
personagens: os planos infalíveis do Cebolinha, os hábitos de
higiene do Cascão, o apetite da Magali e a força e
ira da Mônica. Diferente dos quadrinhos mensais da turma,
Laços reforça o tom de amizade, companheirismo e vínculo entre
eles, assim como ao leitor faz com que o remeta a uma época mais
simples, como em geral é a infância. Diferente da primeira graphic
(Magnetar) que, de certo modo, é uma ode à solidão e seus
efeitos, Laços é uma ode à união, à amizade, à infância
verdadeira e inocente e a como tudo isto soa em nós. Ainda assim não
é um produto saudosista, feito para velhos que tem saudades da
infância ou aquilo que hoje se chama pré adolescência. É um
produto que tem força gráfica, beleza, elegância, distinção,
coerência com o quê pretende e acima de tudo qualidade.
Apesar de fã de sci
fi e reconhecer a qualidade da primeira Graphic MSP, acredito
que em Laços a equipe liderada por Gusman conseguiu produzir algo
verdadeiramente atemporal, que continuará a ter impacto sempiterno
nas gerações vindouras, mesmo que elas não estivessem vivas em
1.985, 86, 87 (época da produção dos filmes homenageados) ou 2013.
A história irá apenas nos mostrar como era boa e saudável nossa
infância.
Uma grande obra. Uma obra
eterna!
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Post Scriptum: E não custa
sonhar com uma Graphic MSP para a Turma do Penadinho.